O juiz da 12º Vara Criminal de Cuiabá, Wladymir Perri, decidiu, nesta quinta-feira (7), que a filha da advogada Cristiane Castrillon da Fonseca Tirloni, que foi encontrada morta no dia 14 de agosto, dentro de um carro no Parque das Águas, em Cuiabá, seja habilitada assistente de acusação. A autorização ocorre em concomitância ao recebimento da denúncia apresentada pelo Ministério Público do Estado (MPE) contra o ex-policial militar e réu pelo crime, Almir dos Reis, acatada parcialmente pelo magistrado.

“Quanto ao pedido de habilitação como assistente de acusação da filha da vítima, hei de deferir a pretensão, justamente pelo grau de parentesco existente com a vítima, dessa forma, dou por habilitado seus advogados para atuarem no presente feito eletrônico, para tanto, deverá proceder com as devidas anotações”, diz trecho do documento.

Pela denúncia, o ex-PM deve responder pelos crimes de homicídio qualificado, estupro e fraude processual. Na ocasião, o magistrado rejeita apenas a acusação de ocultação de cadáver, visto que o corpo de Cristiane foi encontrado em um local ‘fácil acesso’.

No documento, Perri ainda exigiu a intimação das testemunhas e que o réu seja submetido a uma avaliação psicológica para aferir a personalidade, isso em face do critério da dosimetria da pena referente às circunstâncias judiciais.

Além disso, o magistrado designou que a audiência de instrução e julgamento (AIJ) aconteça no dia 9 de outubro, às 14h. O processo também foi retirado de segredo de justiça.

O CASO

Cristiane Castrillon da Fonseca, de 48 anos, foi encontrada morta em 14 de agosto, dentro de um carro, no Parque das Águas, em Cuiabá. À época, o delegado Ricardo Franco, da Delegacia da Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), informou que investigações apontavam que a vítima havia sido vista pela última vez no dia anterior ao crime, quando passou o dia com familiares e amigos.

Preocupado com o paradeiro da vítima, o irmão de Cristiane encontrou o corpo da advogada dentro do veículo estacionado, após rastrear o celular dela. Para “disfarçar” a morte, o suspeito do crime colocou óculos escuros no cadáver.

(HNT)