Os atletas mato-grossenses conquistaram 50 medalhas nas Paralimpíadas Escolares II Regional de Brasília, sendo 31 de ouro, 17 de prata e duas de bronze. Mato Grosso contou com 34 atletas participantes na competição, que foi realizada entre os dias 29 de agosto e 2 de setembro. Este ano, o número de atletas participantes quase triplicou, em relação ao ano passado.

O professor Jerson Vicente de Rondonópolis (216 km de Cuiabá) acredita que os resultados obtidos na capital federal são frutos de um trabalho do Governo de Mato Grosso que investe no paradesporto. “Há 35 anos que eu estou no estado e nunca vi uma gestão investir tanto no esporte. É claro que as coisas evoluíram, mas dessa forma tão contundente e eficaz, eu nunca tinha visto antes”, avalia o professor.

Para Jerson, toda a estrutura colocada à disposição os deixa despreocupados em preparar o atleta para disputas nacionais. “Estamos retornando agora para a nossa cidade e lá a gente treina sabendo que tem a possibilidade de participar e competir de eventos como esse, porque todo o suporte logístico, de uniformes e materiais esportivos são fornecidos pelo governo”.

A técnica da natação Daniele Vilela, de Várzea Grande, ressalta que o apoio do Governo de Mato Grosso, através da Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer (Secel), é um progresso para o Estado. “Eu percebi que nessa edição dobramos o número de medalhas, tudo isso graças aos incentivos das bolsas e projetos que são implementados pelo nosso estado. A todo momento a Secel está ali por trás nos dando todo esse suporte”.

O secretário Jefferson Carvalho Neves destaca a importância de levar oportunidade para os estudantes-atletas. “Proporcionar isso para as nossas crianças reflete o orgulho que sentimos por tê-los no esporte. Estamos muito felizes pela ótima performance da nossa delegação nos Jogos de Brasília”, disse.

A delegação de Mato Grosso foi coordenada por membros da Secel e contou com atletas, técnicos e stafs de diversas cidades do estado, são elas: Araputanga, Brásnorte, Cáceres, Canarana, Cuiabá, Lucas do Rio Verde, Paranatinga e Várzea Grande. Todas estas se destacaram na competição.

Medalha de prata nas provas de arremesso de peso e lançamento de disco na classe F33 categoria sub-16, o atleta Ruan Magalhães diz estar feliz com o seu desempenho. “Fiquei muito feliz de representar minha família e meus amigos, o meu Estado, minha querida Várzea Grande e todos que moram lá. O povo mato-grossense pode ficar bem orgulhoso porque a gente volta com medalha para casa”, destaca o atleta.

Ele conta que através do esporte tem feito coisas que não fazia antes. “Eu era bem recluso, não saia de casa e não treinava. O atletismo deu uma animada na minha vida e sou muito grato por conhecer novos lugares e poder viajar para competir, dá uma adrenalina”, brinca Ruan, que é aluno do Centro de Referência Paralimpíco de Várzea Grande.


Mãe do atleta de bocha de VG, Victor Oliveira, Mary relata emocionada a experiência de acompanhar o filho na competição. “Quando ele está em quadra ninguém enxerga sua limitação e ele foi capaz de voar, se divertiu e fez bons amigos. A felicidade dele é a minha, por isso agradeço ao Governo do Estado pela oportunidade de vivenciar essa experiência incrível. Acredito que esse é só o começo do Vitinho no esporte”, afirma ela.

Jogos Paralímpicos

A II regional das Paralimpíadas Escolares 2023 aconteceu entre os dias 29 de agosto e 2 de setembro, e recebeu 530 atletas, na faixa etária de 12 a 18 anos, com deficiências física, intelectual e visual.

Os estados do Mato Grosso, Acre, Amazonas, Bahia, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Roraima e Tocantins, além de competidores do Distrito Federal estiveram participando.

Os três primeiros colocados nas regionais de atletismo e natação se classificam automaticamente para a fase nacional no fim do ano, realizada em São Paulo de 27 de novembro a 2 de dezembro. Já na bocha, os dois primeiros, por gênero, conquistam a vaga.