O deputado federal Abílio Junior (PL) afirmou que registrou boletim de ocorrência na Polícia Civil do Distrito Federal contra mais de 60 pessoas por supostamente o acusarem de ter feito gesto supremacista com as mãos.
O gesto foi feito durante a CPMI do 8 de janeiro no Congresso Nacional, na semana passada. Abílio negou que tenha relação com supremacistas e mostrou um vídeo afirmando que fazia um sinal de “três”, se referindo a “mais três minutos de fala”.
De acordo com parlamentar, o objetivo é saber de onde surgiu as primeiras notícias sobre o gesto, posto que ele e a família sofreram ataques nas redes sociais.
“Nós já temos mais de 60 nomes que serão processados e vamos para cima de todos eles. Estamos buscando qual foi a origem, aqueles que começaram”, disse ele.
“Porque por um processo desses tomar a dimensão que tomou é porque alguém começou a pautar a imprensa, as redes, e queremos saber a origem dessa fake news”, acrescentou.
Abílio afirmou que o perfil dos denunciados são de “extrema-esquerda”, que fazem “ataque sistêmico” à direita no Congresso Nacional.
“É sistemático. Isso aconteceu com outros deputados de direita, já tentaram acusar o [ex-presidente Jair] Bolsonaro também. Quando eles não conseguem vencer no argumento, vem para calúnia e difamação”, disse.
O caso
No último dia 24 de agosto, durante a sessão da CPMI, Abílio foi acusado, nas redes sociais e por colegas congressistas, de fazer um gesto atribuído a supremacistas brancos.
Ainda durante a sessão, o senador petista Rogério Carvalho acusou o mato-grossense de supremacista. As acusações foram parar no corredor do Congresso e um bate-boca foi flagrado por jornalistas.
“O senhor é um mentiroso contumaz e quando é pego na mentira, ele fica nervosinho”, disse o senador.
Abílio afirmou que o senador é um “mentiroso”.