Quase um ano após o crime, a acusada Bruna Evangelista Tatiane Felski, de 27 anos, foi indiciada pelo duplo homicídio de Genuir e seu filho Marcelo de Barros, de 67 e 37 anos, respectivamente. Os dois foram mortos a tiros no dia 22 de outubro do ano passado, em Terra Nova do Norte, durante uma briga generalizada motivada por ciúmes.

As vítimas eram familiares da suposta amante do marido de Bruna, que estava grávida à época do crime.

“O inquérito foi encerrado, foi realizada toda a colheita de provas, inclusive com a simulação dos fatos. Ao fim optei por indiciar o João Rodrigues [marido de Bruna] pelo duplo homicídio e o porte de arma de fogo, assim como a Bruna e os seus genitores”, afirmou o delegado José Getúlio.

O crime aconteceu na propriedade rural das vítimas.

Segundo o policial, o Ministério Público Estado tem o poder final de decisão e ainda apresentará a denúncia.

Os indiciados, por ora, seguem em liberdade. “Eu optei por aguardar uma decisão do plenário do júri. Com certeza vai ser uma maior justiça para esse caso”, completou.

Qualificadoras

João Rodrigues Custódio foi indiciado por homicídio simples e porte ilegal de arma de fogo.

Já Bruna e os pais, Valério Felski e Rosilda Evangelista Felski, foram indiciados por homicídio qualificado por motivo torpe e lesão corporal leve.

Motivação

Bruna alegou ter ido até o local, na companhia de sua mãe, para contar a Genuir sobre o caso entre seu marido e a filha dele, para que ele interferisse na relação. Mas o que era para ser uma simples conversa se tornou uma confusão generalizada fatal.

A conversa, segundo ela, ia bem até que Genuir chamou a esposa, que teria chegado alterada e a xingando.

A partir desse momento armou-se uma confusão generalizada.

Então chegaram ao local, o pai e o marido de Bruna, seguidos por Marcelo, irmão da rival.

Marcelo, que foi o primeiro a ser atingido pelos disparos, segundo o documento, estava muito alterado e também xingando. Ele teria chegado a bater a porta do carro na mãe de Bruna, além de derrubar e agredir a gestante.

O marido só teria interferido para pedir calma e tentar levar a esposa para dentro do carro no início da confusão; depois disso, Bruna alegou à Polícia não ter visto ele “fazer nada”.

O primeiro disparo foi efetuado contra Marcelo, que corria atrás do pai de Bruna enquanto ele carregava um facão nas mãos. Ela disse que “disparou sem direção certa”.

(MidiaNews)