O temido fenômeno ‘El Niño’ que este ano assolou a Europa e os Estados Unidos com um calor histórico, está chegando ao Brasil e, especialmente, a região Centro-Oeste, prometendo atingir em cheio a capital mato-grossense.
Para começar, Cuiabá registrou recorde de calor neste final de semana. De acordo com o site Clima Tempo, no sábado (5) a cidade registrou 39°C. Já no domingo (5), a temperatura foi de 39,2°C.
O último recorde de calor em Cuiabá foi registrado no fim de julho, com temperatura máxima de 38,6°C. O calor deve piorar no decorrer desta semana.
Nesta segunda-feira (7) a mínima fica em 23ºC e a máxima em 39ºC. Na terça-feira (8), a mínima será de 24ºC e a máxima de 39ºC.
Já na quarta-feira (9), a mínima fica em 20ºC e a máxima sobe para 40ºC. Na quinta-feira (10), os termômetros se mantêm parecidos, com mínima de 21ºC e máxima de 40ºC. Na sexta-feira (11) a mínima será de 23ºC e a máxima de 39ºC.
Umidade baixa
A umidade relativa do ar deve ficar abaixo de 20% em toda a semana. Segundo a previsão, o dia mais seco deve ser na quinta-feira (10), e o índice pode chegar a 11%. Conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS), o nível ideal é entre 40% e 70%.
O que é o El Niño
Neste ano, o inverno deve ser atípico por influência do El Niño, fenômeno meteorológico que eleva as temperaturas — e que pode, inclusive, se tornar um Super El Niño. O El Niño, assim como a La Niña, determina mudanças nos padrões de transporte de umidade e, portanto, variações na distribuição das chuvas em algumas partes do mundo — inclusive o Brasil.
El Niño é um fenômeno climático, que envolve fatores atmosféricos e oceânicos, caracterizado pelo aumento das temperaturas do oceano Pacífico. A origem desse fenômeno é a costa oeste da América do Sul, mais especificamente o território do Peru.
A alteração anormal da temperatura do oceano Pacífico provoca mudanças climáticas significativas, principalmente na faixa tropical do globo. O El Niño gera alteração nos padrões climáticos de temperatura e precipitação. No Brasil, o El Niño causa chuvas torrenciais na região Sul, além de secas severas no Norte e Nordeste do país.