O Cuiabá decidiu pela suspensão do contrato do lateral-direito Mateusinho, condenado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) a 600 dias sem poder atuar por suposto envolvimento em esquema de apostas no futebol brasileiro.

Na prática, é como se o jogador não tivesse vínculo ativo com o clube. O ge apurou que o jogador de 24 anos está em Magé, sua cidade natal, situada no Rio de Janeiro, onde realiza trabalho social voltado a crianças em situação de vulnerabilidade.

O estafe de Mateusinho considera a situação complexa e, até por isso, ele não tem negociações com clubes de fora do país, como foi o caso de Alef Manga, também condenado e que deixou o Coritiba para jogar por empréstimo no futebol do Chipre.

A expectativa é que o projeto social, que consiste numa escolinha de futebol com apoio ao ensino, possa ser utilizado para converter e reduzir a pena.

Contratado no início desta temporada por R$ 1,3 milhão junto ao Sampaio Corrêa, Mateusinho fez 22 partidas com a camisa auriverde antes de ser suspenso pelo STJD, com quatro gols marcados e duas assistências. Alvo de investigação da Operação Penalidade Máxima, do Ministério Público de Goiás, ele entrou em campo pela última vez no dia 13 de maio.

Relembre o caso

Mateusinho foi um dos citados na primeira fase da Operação Penalidade Máxima, instaurada pelo MPGO, que investiga esquema de manipulação no futebol brasileiro entre 2022 e 2023.

Mateusinho presente no julgamento do caso de manipulação no futebol; atleta ficou de cabeça abaixa durante quase todo tempo — Foto: Vinícius Rodeio

Mateusinho presente no julgamento do caso de manipulação no futebol; atleta ficou de cabeça abaixa durante quase todo tempo — Foto: Vinícius Rodeio

Quando defendia o Sampaio Corrêa, o lateral-direito teria aceitado receber R$ 150 mil para cometer pênalti na partida contra o Londrina, pela última rodada da Série B da temporada passada. O processo revelou troca de mensagens do jogador com apostadores.

Inicialmente, o atleta foi condenado a 720 dias de suspensão e multa de R$ 70 mil. A defesa recorreu no Pleno do STJD e a pena foi reduzida, em segunda instância, para 600 dias de impedimento e multa de R$ 50 mil. (GE)