Um vídeo mostra Fabíola Cássia Garcia Nunes, moradora do condomínio Florais do Lago, em Cuiabá perseguindo um adolescente de 13 anos, enteado do delegado da Polícia Civil, Bruno França. As imagens desmentem a versão dela e mostram que Fabíola teria acuado e perseguido psicologicamente o menor reiteradas vezes. Com esse argumento, o Ministério Público de Mato Grosso (MPE-MT) ofereceu, na quarta-feira (26), denúncia à Justiça contra Fabíola Cássia.

As imagens corroboram com o depoimento do menor perseguido. Além disso, uma escuta especializada confirmou quando Fabíola teria se aproximado do adolescente, bem como dos amigos dele, que estavam na quadra, e começou a constrangê-los: “(…) teve uma hora que a Fabíola passou como se estivesse falando no celular, dizendo que ali tinha um bando de delinquente e covarde, …ela ficou atrás num banco, onde eu estava de goleiro e na ligação ela estava falando com o postura do condomínio, …ela falou que tinha um bando de covarde que estava lá, um bando de delinquente, que a gente estava na quadra e que ela não ia deixar a gente ficar no espaço”, disse.

Os meninos, que também estava no local, informaram e narram dois fatos distintos que aconteceram com o adolescente enquanto estavam com a vítima. Na segunda vez (28/11/2022), estavam com a vítima e
mais um colega jogando bola, momento no qual, a suspeita passou xingando. Narraram ainda que, a suspeita passou a agir dessa maneira não apenas com o menor, mas também com diversos outros meninos e meninas.

O caso

Em 28 de novembro de 2022, a briga entre as famílias gerou grande repercussão, marcada pelas imagens do delegado entrando na casa de Fabíola armado e dando voz de prisão aos moradores, acusando descumprimento de medida protetiva. O MPE salienta que, na noite do ocorrido, segundo relato feito por Bruno França, o adolescente estava com alguns amigos na quadra de futebol e, em determinado momento, Fabíola teria se aproximado do local e começado a ofendê-lo.

Ofensas recorrentes

Segundo o documento, as ofensas de Fabíola contra o menor teriam começado após um filho dela ter sofrido agressões físicas em outro condomínio da Capital. “Diante desse ocorrido, Fabíola Cássia atribuiu a autoria das agressões sofridas por seu filho ao ofendido, menor de idade, o qual passou a ser perseguido psicologicamente por diversas vezes pela denunciada”, pontua o promotor.

O MPE cita que, em depoimento, o delegado e padrasto da vítima afirmou que, no dia da confusão, a moradora chegou a acionar os funcionários de vigilância com a intenção de que esses retirassem o menino do condomínio.

A mulher teria chamado o garoto de “covarde” e “vagabundo”, além de afirmar que “não deixaria vagabundo frequentar o condomínio”. A atitude teria “exposto o adolescente ao ridículo, na frente de outras pessoas que estavam no local”, conforme trecho da denúncia.

(Rdnews)