Mato Grosso registrou um aumento de 21% no número de armas de fogo nas mãos de civis em 2022, segundo levantamento do 17º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado na quinta-feira (20) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
O registro de armas de fogo ativos no SINARM da Polícia Federal foi de 52.380 em 2021 e passou para 63.337 em 2022. Um aumento de 21%. Em 2017, o número era de 19.978 armas de fogo registradas, o que representa um aumento de 217% nos últimos cinco anos.
Ainda segundo dados do anuário, Mato Grosso tem uma taxa de 217 armas a cada 100 mil habitantes.
O aumento se deve a uma série de incentivos regulamentares feitos desde o governo de Michel Temer (MDB), em 2017. O primeiro deles foi a possibilidade de que CACs podiam ir dos locais onde estavam até clubes de tiro ou locais de caças com uma arma municiada e pronta para uso.
Já durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), os incentivos aumentaram ainda mais. Em decretos, Bolsonaro modificou classificação de calibres para permitir que a população pudesse adquirir armas que antes eram de uso restrito das forças de segurança e militares.
Além disso, aumentou bastante o limite de armas e munições que poderiam ser adquiridas. O decreto dizia que um atirador desportivo poderia adquirir até 60 armas de fogo, sendo 30 de calibres permitidos e 30 de calibres restritos.
Porém, já no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), os incentivos foram diminuindo. No primeiro dia, Lula revogou uma série de normas de Bolsonaro que facilitavam e ampliaram o acesso da população a armas de fogo.
Entre eles, suspendeu novos registros de armas por CACs e particulares; Reduziu limites para compras de armas e munições; suspendeu novos registros de clubes e escolas de tiro; e suspendeu a concessão de novos registros para CACs.
Fonte: Repórter MT