O Governo Federal inicia nesta segunda (17) o Desenrola Brasil, programa que vai possibilitar a renegociação de dívidas de brasileiros e tem potencial de beneficiar até 70 milhões de pessoas. Em entrevista ao portal Rdnews , o economista Vivaldo Lopes alerta a população sobre os cuidados necessários para aderir ao programa. Para o especialista, o programa é “um ato de socorro” às famílias muito endividadas, mas requer cuidados.

Para Vivaldo, o programa é uma medida paliativa porque não resolve a raiz do problema, porque é necessário juros menores e mais ofertas de emprego para que as pessoas continuem consumindo e conseguindo pagar suas contas, no entanto, o programa é uma boa oportunidade de “limpar o nome”.

“Apesar de ser uma medida paliativa, porque ela não resolve completamente, ela dá a possibilidade das pessoas saírem do endividamento e voltarem para o mercado consumidor e o mercado de crédito. Mas é uma medida contraditória porque o governo está lutando para reduzir a taxa de juros e para reduzir a taxa de juros tem que manter a inflação perto de 3%, só que quando você facilita um programa como esse para aumentar o consumo, você facilita a inflação porque as pessoas vão comprar mais, as empresas e as indústrias vão perceber que vão aumentar as compras e vão aumentar os preços, mas também não dá para esperar a inflação chegar a 3% para fazer um programa desses”, disse.

A principal recomendação dada pelo economista é em relação à possíveis tentativas de golpes de pessoas que podem entrar em contato com os clientes se passando por instituições financeiras.

“O cuidado extremo é não acessar links que chegam por mensagem ou por WhatsApp para solucionar as dívidas, porque pode ser golpe. O que a Febraban recomenda é que a pessoa vá até a agência bancária onde tem a dívida e resolva fisicamente na agencia. Se não quiser ir na agência, usa o aplicativo oficial do próprio banco. A principal recomendação é não acredite em mensagens que vão pedir para clicar em algum link para solucionar a dívida”, pontuou ao .

O especialista ressalta que dívidas grandes como o Fies não entram nesta etapa de negociação e acredita que o governo deve criar um programa especial para os estudantes.

“O Fies deve ter um tratamento especial. Acredito que de outubro pra frente porque é um programa muito grande e é uma população que precisa de ajuda […] Eu creio que será feito um abatimento de dívida com a retirada da negativação e a renegociação junto aos bancos”, disse.

Os consumidores que conseguirem quitar suas dívidas também precisam de atenção, segundo Vivaldo. Para ele, é importante que não adquira dívidas novamente em um curto prazo.

“O ideal é: soluciona as dívidas, dá um tempo e avalia bem as finanças antes de tomar crédito novamente ou passar a consumir. Se não você limpa o nome agora e daqui 90 dias estão com o nome negativado de novo”, disse.

O programa

O Desenrola Brasil será executado em três etapas. As duas primeiras já valem a partir desta segunda-feira (17), que são: a extinção de dívidas bancárias de até R$ 100 e a etapa de renegociação de dívidas como cheque especial e cartão de crédito.

No caso das pessoas físicas que têm dívidas bancárias de até R$ 100, elas ficarão automaticamente com o nome limpo pelas instituições, como parte do acordo com o Governo Federal. Com isso, caem restrições e a pessoa pode, por exemplo, voltar a pegar crédito ou fazer contrato de aluguel, se não tiver outras restrições.

Outro grupo já beneficiado nessa fase é o de pessoas físicas com renda de até R$ 20 mil e dívidas em banco sem limite de valor. É a chamada Faixa 2. Para essa categoria, os bancos vão oferecer possibilidade de renegociação diretamente com os clientes, por meio de seus canais.

Estima-se que essa renegociação beneficie mais de 30 milhões de pessoas. Os créditos que podem ser usados na renegociação dessas dívidas totalizam cerca de R$ 50 bilhões. Como estímulo às renegociações, o Governo oferece às instituições financeiras um incentivo regulatório para que aumentem a oferta de crédito.

(Para Vivaldo, o programa é uma medida paliativa porque não resolve a raiz do problema, porque é necessário juros menores e mais ofertas de emprego para que as pessoas continuem consumindo e conseguindo pagar suas contas, no entanto, o programa é uma boa oportunidade de “limpar o nome”.

“Apesar de ser uma medida paliativa, porque ela não resolve completamente, ela dá a possibilidade das pessoas saírem do endividamento e voltarem para o mercado consumidor e o mercado de crédito. Mas é uma medida contraditória porque o governo está lutando para reduzir a taxa de juros e para reduzir a taxa de juros tem que manter a inflação perto de 3%, só que quando você facilita um programa como esse para aumentar o consumo, você facilita a inflação porque as pessoas vão comprar mais, as empresas e as indústrias vão perceber que vão aumentar as compras e vão aumentar os preços, mas também não dá para esperar a inflação chegar a 3% para fazer um programa desses”, disse.

A principal recomendação dada pelo economista é em relação à possíveis tentativas de golpes de pessoas que podem entrar em contato com os clientes se passando por instituições financeiras.

“O cuidado extremo é não acessar links que chegam por mensagem ou por WhatsApp para solucionar as dívidas, porque pode ser golpe. O que a Febraban recomenda é que a pessoa vá até a agência bancária onde tem a dívida e resolva fisicamente na agencia. Se não quiser ir na agência, usa o aplicativo oficial do próprio banco. A principal recomendação é não acredite em mensagens que vão pedir para clicar em algum link para solucionar a dívida”, pontuou ao Rdnews .

O especialista ressalta que dívidas grandes como o Fies não entram nesta etapa de negociação e acredita que o governo deve criar um programa especial para os estudantes.

“O Fies deve ter um tratamento especial. Acredito que de outubro pra frente porque é um programa muito grande e é uma população que precisa de ajuda […] Eu creio que será feito um abatimento de dívida com a retirada da negativação e a renegociação junto aos bancos”, disse.

Os consumidores que conseguirem quitar suas dívidas também precisam de atenção, segundo Vivaldo. Para ele, é importante que não adquira dívidas novamente em um curto prazo.

“O ideal é: soluciona as dívidas, dá um tempo e avalia bem as finanças antes de tomar crédito novamente ou passar a consumir. Se não você limpa o nome agora e daqui 90 dias estão com o nome negativado de novo”, disse.

O programa

O Desenrola Brasil será executado em três etapas. As duas primeiras já valem a partir desta segunda-feira (17), que são: a extinção de dívidas bancárias de até R$ 100 e a etapa de renegociação de dívidas como cheque especial e cartão de crédito.

No caso das pessoas físicas que têm dívidas bancárias de até R$ 100, elas ficarão automaticamente com o nome limpo pelas instituições, como parte do acordo com o Governo Federal. Com isso, caem restrições e a pessoa pode, por exemplo, voltar a pegar crédito ou fazer contrato de aluguel, se não tiver outras restrições.

Outro grupo já beneficiado nessa fase é o de pessoas físicas com renda de até R$ 20 mil e dívidas em banco sem limite de valor. É a chamada Faixa 2. Para essa categoria, os bancos vão oferecer possibilidade de renegociação diretamente com os clientes, por meio de seus canais.

Estima-se que essa renegociação beneficie mais de 30 milhões de pessoas. Os créditos que podem ser usados na renegociação dessas dívidas totalizam cerca de R$ 50 bilhões. Como estímulo às renegociações, o Governo oferece às instituições financeiras um incentivo regulatório para que aumentem a oferta de crédito.

(Rdnews)