A Polícia Civil deflagrou, nesta segunda-feira (17), a “Operação Overpay” contra uma empresa terceirizada e servidores da Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá por suspeita de peculato, associação criminosa, pagamento irregular em contrato administrativo e falsidade ideológica.
A investigação da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor) revelou que o pagamentos dos serviços médicos eram feitos de maneira irregular pelos servidores da pasta para beneficiar a empresa contratada, que não tinha endereço físico.
Em nota, a Prefeitura de Cuiabá informou que não foi notificada sobre a operação e que refuta qualquer conduta irregular e colabora com as autoridades na investigação.
A administração pública ainda disse que a empresa terceirizada está sob atuação do Gabinete de Intervenção e coube à eles deliberar sobre a continuidade do serviço nas quatro Unidades de Pronto Atendimento Médico (UPAs) neste ano.
As investigações e auditoria da Controladoria Geral do Estado (CGE) apontaram indícios de que a empresa contratada apresentou planilhas à Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá com relatório de atendimentos de pacientes e ausência de informações em quantidade além do que efetivamente foi realizado.
Ao todo, 19 mandados judiciais são cumpridos, sendo um mandado de prisão do proprietário da empresa investigada, seis mandados de buscas domiciliares contra cinco alvos em Cuiabá e um em Barra do Bugres.
Irregularidades
A polícia analisou os processos de pagamentos de novembro e dezembro de 2022, e de janeiro deste ano feitos pela Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá para a empresa contratada, cujo objetivo era prestar serviços médicos na capital.
Os pagamentos irregulares, segundo a polícia, foram autorizados pelos servidores da secretaria e gestores da época que, mesmo sabendo das irregularidades, aprovaram os contratos com pagamentos de forma integral
Nome da operação
O nome “Overpay” significa pagar a mais, em inglês.
Além dos policiais civis da Deccor, o trabalho operacional conta com apoio de equipes da Gerência de Operações Especiais, da Gerência de Combate ao Crime Organizado e Delegacia Fazendária.
(G1MT)