A juíza Janaína Rebucci Dezanetti manteve a prisão do empresário Wellyngton da Silva, de 33 anos, durante audiência de custódia. Ele foi preso pela Polícia Civil no último sábado (1º), no município de Peixoto de Azevedo (671 km de Cuiabá), acusado de fornecer armamentos para facção criminosa atuante em vários municípios do Estado.
Segundo informações, o suspeito, após saber que uma das armas de fogo que estava em seu nome foi apreendida com os criminosos mortos na ação, registrou um boletim de ocorrência no dia 23 de abril (data seguinte aos fatos), alegando desconhecimento de que sua arma havia sido furtada de sua residência.
O empresário, que também era colecionador, tinha quatro armas de fogo registradas em seu nome, porém, no boletim de ocorrência, alegou que apenas duas armas haviam sido furtadas de sua residência. Na casa, não havia sinais de arrombamento e as outras duas armas que também estavam na residência não teriam sido levadas pelos supostos criminosos.
Diante da situação, a Polícia Civil instaurou inquérito policial sobre o caso e apurou que os integrantes da facção criminosa mortos em confronto eram os responsáveis por vários sequestros e homicídios ocorridos em Peixoto de Azevedo por ordem da facção criminosa.
As investigações apontaram que arma pertencente ao empresário foi utilizada em vários homicídios ocorridos na cidade, sendo enviada para exame de confronto balístico, realizado pela Politec.
Por ser empresário do ramo de câmeras, Wellyngton da Silva também é investigado por procurar vítimas de roubo de veículos, principalmente de caminhões, alegando ser “informante oficial” da polícia e ter informações privilegiadas para localizar esses veículos, exigindo dinheiro para encontrá-los.
(HNT)