A última semana de junho encerrou com recuo de 0,59% no indicador da cesta básica em Cuiabá, interrompendo uma sequência de alta observada nas duas semanas anteriores, conforme dados do Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio Mato Grosso (IPF-MT). Com a variação nominal negativa no valor do mantimento, a cesta na capital encerrou o mês custando R$ 759,11.

Ainda conforme análise do IPF-MT, o preço atual está 9,13% maior que o averiguado no mesmo período do ano passado, quando custava R$ 695,63.

No entanto, foi observada uma variação menos expressiva dos itens que compõem a cesta nesta última semana, com os preços variando em alta de 3,16% no custo do café e em queda de 5,95% para a batata. Situação diferente do ocorrido na semana anterior, onde o tubérculo registrou aumento de 18,94% no seu preço.

O menor volume de chuvas nas regiões produtoras da batata tem favorecido na retirada do tubérculo, acarretando uma intensificação na colheita da safra atual. Esse fator pode ter contribuído para o aumento da oferta do produto, reduzindo os preços nas gôndolas. Apesar da queda no preço da batata, o alimento está 24,06% acima do averiguado no mesmo período do ano passado.

Segundo o superintende da Fecomércio-MT, Igor Cunha, “A batata e o tomate são alimentos com maiores oscilações de preço nas últimas semanas, atreladas à fatores climáticos e de oferta e demanda. Desse modo, esses produtos são os que mais contribuem para as variações nos preços da cesta básica cuiabana”.

Com uma queda nos preços da soja e do milho, principais insumos usados na ração animal, os custos com a alimentação do gado podem ter diminuído, acarretando uma queda no preço da carne bovina, de -1,12%, com mesma tendência ocorrendo para o leite, mas em menor percentual, de -0,84%.

“O período de menos chuvas tende a gerar aumento nos preços de produtos bovinos, como o caso da carne e leite, já que passam a depender mais da ração para alimentar esses animais, que encarece a produção. Esta semana, porém, a diminuição nos preços de commodities como soja e milho, favoreceram esse cenário”, completou Igor Cunha.

(rdnes)