Abel Ferreira, do Palmeiras, foi julgado e punido com um jogo de suspensão pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), nesta terça-feira, por ter tomado o celular da mão de um jornalista em uma confusão depois do empate do Verdão por 1 a 1 com o Atlético-MG, pela oitava rodada do Campeonato Brasileiro. Abel foi absolvido do pagamento de multa e pode recorrer da decisão.

O técnico do Palmeiras foi julgado por ser enquadrado no artigo 258 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que aborda sobre “assumir qualquer conduta contrária à disciplina e à ética desportiva”.

A punição de Abel terá de ser cumprida no Campeonato Brasileiro. Com isso, o técnico não irá comandar o Palmeiras na partida contra o Athletico-PR, no domingo, às 16h (de Brasília), na Ligga Arena, pela 13ª rodada da competição.

Abel Ferreira tira celular da mão de produtor da Globo, depois de Atlético-MG 1 x 1 Palmeiras — Foto: Pedro Spinelli/Globo

Abel Ferreira tira celular da mão de produtor da Globo, depois de Atlético-MG 1 x 1 Palmeiras — Foto: Pedro Spinelli/Globo

Relembre o caso

O treinador tomou o celular das mãos do jornalista Pedro Spinelli, da Globo Minas, que filmava uma discussão do diretor de futebol do Verdão, Anderson Barros, com o quarto árbitro Ronei Cândido Alves.

A gravação foi feita na zona mista do Mineirão, local destinado às entrevistas pós-jogo.

Nas imagens gravadas por Pedro Spinelli é possível ver a discussão entre Barros e Alves. Abel, então, se aproxima da grade que os separava. Em seguida, o técnico se dirige ao produtor, pega o celular, e a gravação é interrompida.

Abel só devolve o aparelho ao perceber que está sendo filmado por outro jornalista, da Rádio Itatiaia. O técnico, então, passa a discutir com ele e diz:

– O futebol brasileiro está assim por vossa responsabilidade.

O técnico, depois, se dirige para os vestiários na companhia de um segurança do clube.

Na entrevista coletiva, Abel Ferreira falou sobre o incidente e pediu desculpas:

– Fazer um esclarecimento, uma vez que todo mundo aqui gosta de transformar um copo d’água em uma tempestade. Passou-se aqui uma discussão, uma confusão ali no túnel, entre nosso diretor esportivo e um dos assistentes da arbitragem. E tinha ali, não sei se repórteres, a filmarem tudo. Eu peço desculpas se me excedi. São coisas do futebol, isso é muito nosso, mas infelizmente hoje todos têm câmeras. Peço desculpas se me excedi. Há coisas que a imprensa não tem que saber. Mas antes que vire uma tempestade, são coisas que se passam, então essa introdução, esclarecimento.

No dia seguinte ao ocorrido, Abel Ferreira ligou para o jornalista e pediu desculpas. (GE)