A palestra “Engenharia condominial” realizada neste mês de junho foi ministrada pelo engenheiro civil Edmilson de Sá. Voltado para os profissionais do Sistema Confea/Crea, entre outros, o encontro abordou o papel do engenheiro e do arquiteto de receber o condomínio, identificar as possíveis falhas que possam ter para correções e os erros retibitórios.

O engenheiro civil que conduziu a palestra ressalta que são as patologias que vão surgir quando a edificação começar a ser utilizada. Por exemplo: a piscina, a churrasqueira, quiosques, portaria, o playground, acessibilidade, o campo de futebol etc. A vistoria é feita para que o engenheiro ou arquiteto identifiquem as falhas de projeto ou execução.

“O papel do engenheiro condominial ou do arquiteto é de cuidar e preservar a área comum do condomínio, orientar que no caso de reforma, façam os projetos de ART e RRT, alvará da prefeitura dentro das normas de engenharia e arquitetura para que as obras sejam regularizadas de acordo com as leis brasileiras. Ou seja, para fazer vedação ou acréscimo, modificação de um condomínio (horizontal) é preciso que se tenha todos os projetos. Se for condomínio vertical, apartamentos não podem retirar a parede ou cortar a laje sem profissional habilitado. E tem que ser cumprido o regimento interno e as resoluções do mesmo. Todo condomínio tem regras para animais, manutenções preditivas e preventivas e se evite as manutenções corretivas, que são mais caras que as demais”, detalhou Edmilson.

O presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso (Crea-MT), engenheiro civil Juares Samaniego, cumprimentou os profissionais presentes na palestra, explicando sobre a grande parceria do Regional de Mato Grosso com a Feira do Conhecimento (Feiracon) e a amplitude do evento para os profissionais do Sistema Confea/Crea. A expectativa é que até o mês de setembro, em semanas intercaladas outras palestras sejam realizadas no Crea-MT e outras em cidades do interior.

“A exemplo de palestras sobre pavimento rígido urbano em concreto, paredes rígidas de concreto na construção civil, entre outros assuntos que vão ser apresentados com objetivo de despertar o interesse dos profissionais que estão em busca do conhecimento na determinada área e anseiam alcançar esse mercado de trabalho tão desejado. O que ocorre muito na Justiça, é que a maioria dos laudos apresentados não expõe a Anotação de Responsabilidade Técnica, o que acaba descaracterizando o laudo porque se torna um “parecer técnico”.Esse último é uma opinião, pois não se assumiu responsabilidade técnica por aquele serviço. O corretor de imóveis faz parecer técnico, não tem capacidade para fazer laudos.

“Como engenheiro, Edmilson já atua na área há muito tempo, ele transmitiu parte do conhecimento adquirido e caberá aos profissionais presentes buscar aprimorar e desenvolver por meio de cursos em perícia, em suas diversas modalidades para explorar onde pode atuar”, explanou Juares.

Para uma das organizadoras do Feiracon, engenheira civil Eriane Rossi, a ideia é impulsionar o mercado da Engenharia juntamente com a Arquitetura de Mato Grosso na execução de trabalhos. Esta é a primeira palestra de muitas, e o momento de “networking” é um meio de fomentar novas parcerias. Com os apoios selados e a grande proporção da Feiracon, o evento tornou-se um dos mais relevantes do Centro-Oeste.

A expectativa é que este ano seja em Cuiabá e a próxima em Brasília. “Vamos trazer uma história para o país, tanto pela primeira feira dessa natureza na região Centro-Oeste, quanto pela primeira edição multisetorial, com as instituições unidas e que possuem relação com o estado de Mato Grosso. Em outras palavras a região Centro-Oeste vai gerar novos empregos, obras, além de atrair novas indústrias”, disse Eriane.

Evento 

Fazendo parte do projeto multi-ação, o Feirão do Conhecimento tem como finalidade aproximar os profissionais que atuam nas áreas da Engenharia, Agronomia e Geociências e visa estabelecer networking e trazer visibilidade para o trabalho produtivo desempenhado pelo Regional e as entidades organizadoras.

(Cristina Cavaleiro – GEMAR / Fotos: Rennan Kawahara)