Após receber acusações de rombo de R$ 400 milhões pela atual gestão, os ex-gestores (2019 a 2023) da Unimed Cuiabá, se manifestaram nesta quinta-feira (15), e se defendeu afirmando que enquanto estiveram à frente da cooperativa, passaram por crises financeiras, e que mesmo assim não deixaram de pagar os salários dos cooperados.

“No ano passado atravessávamos crises inovando, construindo, honrando os pagamentos e nos responsabilizando pelas dificuldades. Atualmente, a Unimed Cuiabá resolve suas crises cobrando os cooperados, não pagando suas contas e promovendo o desmonte de nossos ativos (hospital, rede de laboratórios e serviço de TEA)”, disse a ex-diretoria formada por Eroaldo Oliveira, Rubens de Oliveira e João Bosco, ao portal ODOCUMENTO.

De acordo com resultado final do trabalho da auditoria independente contratada pela nova gestão da Unimed Cuiabá para verificar os números do balanço contábil de 2022 da cooperativa, de R$ 371,8 mil de resultado positivo para mais de R$ 400 milhões em prejuízo contábil, o que seria a maior fraude fiscal da história do sistema Unimed no Brasil.

A reportagem ainda entrou em contato com Rubens de Oliveira, ex-presidente da Unimed, que preferiu não falar a respeito, mas enviou um comunicado, ao qual foi enunciado como “Passando a Limpo”. O documento afirma que a atual gestão capitaneada por Carlos Bouret é “inexperiente e irresponsável, que está arruinando o histórico da Unimed, “na esperança de que isso os favoreça em anos posteriores”, denúncia.

Por tópicos, os ex-gestores informaram uma série do que seria “vantagens” que a atual teria retirado do balanço. Como por exemplo, um contrato com a empresa DASA, firmado em 2022, ao qual ainda teria que pagar R$ 50 milhões de forma positiva à cooperativa.

“Essa interpretação gera uma vantagem futura a eles: os recebíveis saem do Balanço de 2022 e entram positivando os balanços dos próximos anos. Isso é vantagem para a gestão atual e desvantagem para o cooperado, que terá de pagar a conta”, diz.

Os ex-diretores ainda acusam a nova capitania de estarem ignorando as provisões de saldos positivos e negativos do sistema PEONA antes de creditarem o total de valores, ao qual atualmente diz que a Unimed tem um saldo devedor de R$ 103 milhões. “Isso é vantagem para a atual gestão e desvantagem para o cooperado que terá que pagar a conta”, informa.

Ainda é anexado no comunicado que a atual gestão não retirou do balanço contas a pagar, além de informar a anulação de contratos futuros, e também de terem pressionado os cooperados que participaram de uma assembleia em março deste ano para que a atual diretoria fosse destituída de forma antecipada, prejudicando a entrega de documentos necessários para ANS.

“O valor necessário para completá-la também será cobrado pela nova administração, sob a fachada de rombo fiscal em 2022, sem que os novos gestores se responsabilizem por sua ineficácia administrativa. Isso é vantagem para a gestão atual e desvantagem para o cooperado, que terá de pagar a conta”, alega.

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