O deputado estadual e ex-governador Júlio Campos (UB) fez duras críticas à bancada do União Brasil em Brasília devido ao relacionamento que os parlamentares têm mantido com o governo Lula (PT). À imprensa mato-grossense, Júlio defendeu a demissão dos ministros “sem vergonha” do UB.
O deputado afirmou que, se estivesse em Brasília, seria um crítico radical ao acordo pactuado entre Lula e o União Brasil. O presidente da República cedeu três ministérios à legenda em troca de apoio no Congresso. A devolutiva do UB, porém, não tem sido como o esperado.
“O União Brasil não deveria fazer parte do governo. É muita sem vergonhice o partido que 90% votou em Bolsonaro, apoiamos Bolsonaro e agora fazer parte do governo Lula. Já é uma sem vergonhice. Se eu estivesse em Brasília, eu seria um crítico radical dessa posição. Segundo, não quis ir para o governo? Então que assuma a sua governabilidade, que vote integral. Se não votar, tem que demitir os ministros mesmo”, disparou ou Júlio.
“Tem que mudar ministro porque o que foi combinado? Você nos dá três ministérios como ele [Lula] deu Comunicação, Turismo e Integração e nós apoiamos os pedidos do seu governo para o Congresso Nacional. Ora, se não está entregando votos no Congresso Nacional, tem que mudar mesmo. O presidente tem razão. Ou está comigo ou não está, meio termo não pode ficar. Demita os ministros sem vergonha do União Brasil”, emendou.
A tensão entre o governo Lula e o União Brasil escalonou depois da votação do marco temporal quando apenas dois deputados da sigla votaram com a situação, isto é, contra a proposta. Ao todo, 50 deputados do partido estavam presentes.
Da bancada de Mato Grosso, integram o União Brasil os deputados federais Coronel Assis e Fábio Garcia, ambos oposicionistas a Lula. No caso do marco temporal, ao lado do PL – partido do ex-presidente Jair Bolsonaro — e do PP, o União compôs o ranking dos partidos que mais somaram votos a favor do projeto.
Recentemente o presidente Lula também anunciou a permanência da ministra Daniela Carneiro no Turismo. Daniela pediu destilação do União Brasil acusando o presidente nacional da sigla, Luciano Bivar, de autoritarismo.
Fonte: HNT