O atacante Bruno Mezenga foi a uma delegacia de Santos e registrou nesta sexta-feira boletim de ocorrência por injúria racial, sofrida após a eliminação do time na Copa do Brasil.
O caso ocorreu dentro de um grupo de torcedores do Santos em um aplicativo de mensagens. Bruno Mezenga foi chamado de macaco por um dos membros após ter perdido um pênalti contra o Bahia, na quarta-feira, que selou a queda no torneio.
O registro da conversa foi enviado ao empresário do atacante, que comunicou ao Santos sobre o caso envolvendo o jogador. O Santos confirmou o registro do BO e enviou um profissional do departamento jurídico para acompanhar Bruno Mezenga, que apresentou os prints à Polícia.
Em nota oficial, o Santos reforçou o apoio a Bruno Mezenga e afirmou que o autor da injúria racial já foi identificado. Disse também que “não tolera e não admite crimes desse tipo e seguirá combatendo firmemente quem o pratica”.
Bruno também se manifestou:
– Acredito que hoje não falta informação, o que falta é respeito e empatia. Um ato racista não pode mais ser ignorado. Estamos vivendo um momento de conscientização e uma luta para que esse tipo de coisa não aconteça mais, nem no esporte e nem em lugar algum. Não cabe mais nos dias de hoje pessoas com atitudes racistas ficarem impunes. É triste ver uma pessoa que se diz torcedor do Santos cometendo um ato RACISTA.
Atacante Bruno Mezenga, do Santos, é alvo de injúria racial em conversa de torcedores — Foto: Reprodução
Mais um caso…
Este é o terceiro caso de injúria racial contra jogadores do Peixe em uma semana. No último dia 23, o atacante Ângelo denunciou que foi chamado de macaco por um torcedor do Audax Italiano, do Chile, durante uma partida da Copa Sul-Americana.
Na mesma partida, outros torcedores da equipe chilena xingaram e fizeram gestos imitando macacos para o zagueiro Joaquim, que havia sido expulso e estava no 4º andar do estádio El Teniente junto com funcionários do Santos.
O Santos comunicou os ocorridos para o delegado da partida. O Peixe também emitiu uma nota para “repudiar com veemência mais um caso de racismo no futebol” e cobrou um posicionamento da Conmebol sobre os casos. (GE)