O deputado estadual Carlos Avallone (PSDB) manteve seu posicionamento contrário às construções de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) no rio Cuiabá, porém, acredita que é preciso investir em tais estruturas em outras regiões de Mato Grosso. Avallone assinou o parecer favorável do Projeto de Lei de Wilson Santos (PSD) para barrar PCHs no curso do rio da capital mato-grossense e declarou apoio o parecer técnico da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT) que negou o pedido de concessão de seis pequenas centrais.
“Vejo como favorável o que a Sema fez e era o que a Assembleia tinha votado. As explicações são que naquela cabeceira do rio é um criadouro de peixes, é um berçário de peixes. Nesse lugar, entendemos ser melhor não fazer as PCHs”, afirmou o deputado.
O parlamentar acumula as funções de presidente da Comissão do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável na Assembleia Legislativa (ALMT) e de 1º vice-presidente do Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica e Gás de Mato Grosso (Sindenergia). Para se equilibrar entre os papéis divergentes e não gerar mal-estar com os membros do sindicato, ele busca o “equilíbrio” e argumenta que é preciso ampliar o diálogo sobre a energia hidráulica, embasando os projetos em estudos ambientais sérios.
“Praticamente, eu sou vice-presidente do Sindicato de Energia e eu trabalho com PCH. O que a população tem que entender é energia hidrelétrica é fundamental para o país e Mato Grosso. Então, essa nós fomos contra, mas nós temos que trabalhar energia hidráulica para Mato Grosso e para o Brasil”, falou Avallone ao HNT.
O político reiterou sua confiança no parecer técnico emitido pela Sema e reforçou o potencial de exploração para energia hidráulica contido em solo mato-grossense.
“O Brasil hoje é um dos países que têm a melhor energia do mundo na questão ambiental. É uma energia sustentável. E é porque nós temos 70% de energia hidráulica. Agora, isso não significa que pode construir PCH em qualquer lugar. Não é em qualquer lugar. Por isso que temos os órgãos ambientais. E confio muito nos técnicos da Sema e tenho certeza que fizeram a análise correta”, disse o membro da AL.
Fonte: HiperNotícias