O Bahia é, de forma oficial, um dos clubes do Grupo City. Cinco meses depois de os sócios do terem aprovado a venda de 90% da SAF para o conglomerado, o processo está concluído. Na manhã desta quinta-feira, um evento marcou a finalização do ingresso do Tricolor como o 13º clube do Grupo City. A passagem de bastão contou com a presença do CEO do grupo, Ferran Soriano.

– Momento de poucas palavras, mas um dos mais importantes de minha vida. Vivi momentos de tristezas e muitas alegrias, mas jamais de arrependimentos. O que a gente traz hoje é que nos mostra que valeu à pena. A caminhada valeu à pena. Não apenas estamos transferindo ao Grupo City a responsabilidade do projeto. O que estamos dizendo é que nós vamos, junto com o Grupo City, construir esse projeto – disse Guilherme Bellintani.

Já Ferran Soriano reforçou que o Bahia vai ser o segundo maior clube dentro dos 13 que são comandados pelo Grupo City ao redor do mundo.

– É um momento muito importante para o Bahia, mas é também um momento muito importante para nós. Celebramos hoje o primeiro dia de um relacionamento, de uma viagem, uma viagem que tem objetivo de levar ao Bahia até ao máximo do seu potencial. É muita responsabilidade. Todos os nossos times, com o Bahia são 13, todos têm uma história, todos têm seu valor, mas o Bahia é excepcional. É excepcional pelo tamanho, pelo tamanho da torcida. O Bahia vai ser o segundo clube maior do grupo. E também pela sua função social. A gente entende muito bem que o Bahia faz parte do tecido social de Salvador e da Bahia. Entendemos isso muito bem. Entendemos a responsabilidade que o clube tem, que as pessoas que vão gerenciar o clube nos próximos anos, as pessoas que serão os guardiões da história – completa Ferran Soriano.

O CEO do Grupo City garantiu também o Bahia não vai ser apenas um clube satélite.

– Primeira coisa a dizer: não há segundo escalão. Todos os clubes são importantes. Cada um dos nossos clubes têm uma coisas singular. O do Bahia é a o tamanho da torcia, é muito grande, colocamos 55 mil pessoas em Manchester. Cinquenta mil pessoas vão na Fonte Nova. Do ponto de vista do grupo, o Bahia vai ser muito importante. Vai ser muito importante porque vemos oportunidade de crescimento. A oportunidade de crescimento do Bahia está ligada ao potencial do Campeonato Brasileiro. Estamos no momento onde isso pode acontecer. A mesma coisa que aconteceu em outos lugares do mundo anos atrás. Vinte anos atrás, a Premier League não era o que é hoje. O grupo vê no Bahia e no futebol brasileiro a maior oportunidade de crescimento do mundo. Vai depender de nós e de outros clubes brasileiros fazer crescer a liga como merece. Do outro lado, na procura de talento. Nossa aspiração é encontrar talento na Bahia, que vai se desenvolver conosco, com a melhor tecnologia de treinamento do mundo para chegar até o top. Qual o top? Primeiro chegar no Bahia e ganhar campeonatos com o Bahia. Mas também chegar na Europa.

“Mas, para ser claro, objetivo não é encontrar talento e mandar para a Europa. O talento tem que jogar aqui, tem que ser campeão e, talvez, alguns deles irem para a Europa depois”.

 

Ferran Soriano pediu paciência aos torcedores do Bahia — Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia

Ferran Soriano pediu paciência aos torcedores do Bahia — Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia

O evento desta quinta foi apenas a formalização pública do processo que estava em andamento desde o ano passado. A previsão inicial no contrato entre o Bahia e o Grupo City era de que a mudança ocorresse em até nove meses. Durante esse percurso, além da criação da SAF, foi feita a transferência dos bens para a nova entidade.

Na quarta-feira, por exemplo, foi concluída a transferência dos contratos dos atletas. Os jogadores agora têm vínculo com o Bahia S.A.F., que tem novo número de CNPJ e um registro diferente nas competições nacionais. (GE)