Na primeira rodada, os mandantes venceram sete das dez partidas, e ‘Favoritismos’ acertou todas essas vitórias, com oito acertos no total. Agora, os dados apontam que os visitantes é que têm maior potencial na rodada, sendo favoritos em oito jogos.

No duelo da Arena Pantanal, entre Cuiabá e Bragantino, por exemplo, os paulistas chegam como favoritos (veja mais abaixo).

Se esses visitantes confirmarem em campo seus favoritismos, este início de competição estará apontando para um seleto grupo de equipes com grande potencial para se descolarem na classificação logo no início da competição.

Analisamos 93.564 finalizações cadastradas pela equipe do Espião Estatístico em 3.809 jogos de Brasileirões desde a edição de 2013 que servem de parâmetro para medir a produtividade atual das equipes a partir da expectativa de gol (xG), métrica consolidada internacionalmente (veja a metodologia no final do texto).

 — Foto: Espião Estatístico

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Favorito >> Fluminense

 

  • O Fluminense vem de sete vitórias consecutivas quando mandante. No agregado dos mandos, não cinco seguidas. No Paranaense, o Athletico-PR venceu todas quando visitante, mas nos últimos dois jogos fora, empatou pela Libertadores contra o Alianza Lima e perdei por 1 a 0 para o CRB no jogo de ida da terceira fase.
  • É de se esperar que as equipes busquem o gol principalmente em trocas de passes rasteiros, já que o Fluminense marcou e as duas equipes sofreram assim seis dos últimos dez gols, e o Athletico-PR fez cinco. Dos últimos sete gols que o Fluminense sofreu, seis foram rasteiros, sempre sem contar pênaltis e faltas diretas.

 

 — Foto: Espião Estatístico

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Favorito >> São Paulo

 

  • Primeira partida do São Paulo após a saída do técnico Rogério Ceni e a contração de Dorival Júnior. O São Paulo fez oito dos últimos dez gols a partir de jogadas aéreas, mas o América-MG só sofreu assim quatro dos últimos dez. O América-MG marcou e o São Paulo sofreu seis dos últimos dez gols pelo alto.
  • Contra o Puerto Cabello, pela Sul-Americana, o São Paulo interrompeu uma sequência de três jogos sem fazer gol como mandante. Agora, tem três jogos sem sofrer gol em casa, mas nessas partidas foi eliminado pelo Água Santa nos pênaltis, ficou no 0 a 0 pelo jogo de ida da Copa do Brasil contra o Ituano.

 

 — Foto: Espião Estatístico

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Favorito >> Bragantino

  • Na primeira rodada, o Cuiabá deu trabalho para o Palmeiras, que venceu por 2 a 1. O Cuiabá tem o terceiro melhor aproveitamento da temporada (15 V, 2 E, 3 D, 78%), mas fica sempre a dúvida se isso se deve ao desnível do Mato-Grossense. Na estreia mostrou ser competitivo. Tem o melhor ataque da temporada, média 2,25.
  • Os dois times chegam mais ao gol em trocas de passes rasteiros, o Cuiabá com nove dos últimos dez marcados assim, e o Bragantino com sete. O Cuiabá sofreu pelo alto oito dos últimos dez gols, e o Bragantino sofreu metade pelo alto e metade por baixo.

 

 — Foto: Espião Estatístico

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Favorito >> Grêmio

  • De um lado o Grêmio, melhor defesa entre os times da Série A no ano com dez gols sofridos em 20 jogos (média 0,5). Em 12 deles não levou gol (60%). Do outro, o Cruzeiro, pior ataque, com 13 gols em 12 jogos (1,08), passando em branco em quatro (33%), segunda pior marca ofensiva. Potecial maior para gol aéreo do Grêmio.
  • O Cruzeiro fez cinco jogos como mandante na temporada, apenas. Não venceu nenhum. Foram 3 E e 2 D (20%), pior marca entre a Série A, enquanto o Grêmio é o segundo melhor visitante do ano entre a elite, com 6 V, 3 E, 1 D, 70%, com a melhor defesa forasteira, seis gols sofridos em dez jogos (0,6). Não levou gol em seis.

 

*Devido aos arredondamentos, a soma das probabilidades é diferente de 100% — Foto: Espião Estatístico

*Devido aos arredondamentos, a soma das probabilidades é diferente de 100% — Foto: Espião Estatístico

Favorito >> Flamengo

  • A expectativa é maior por gol em jogada rasteiras porque as duas equipes fizeram em trocas de passes oito dos últimos dez gols. O Internacional sofreu assim sete, e o Flamengo seis dos últimos dez.
  • Também é de se esperar por um jogo duro. Foram 47 amarelos na temporada para o Internacional (2,76 por jogo), quarta pior marca entre os times da Série A no ano, e 75 amarelos para os jogadores do Flamengo (3,13), segunda pior marca. Em quatro jogos contra o Internacional, Sampaoli ainda não venceu.

 

 — Foto: Espião Estatístico

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Favorito >> Palmeiras

  • O Vasco fez todos os seus últimos dez gols a partir de jogadas aéreas, e o Palmeiras sofreu a partir de jogadas aéreas nada menos que oito dos últimos dez gols, inclusive três dos últimos quatro. Há potencial para gol do Vasco pelo alto. O Palmeiras fez os últimos seis gols pelo alto e sete dos últimos dez, mas o Vasco só levou quatro.
  • Somados, Vasco e Palmeiras já marcaram 29 gols no ano a partir de bolas paradas: 14 do Vasco e 15 do Palmeiras. O Vasco levou quatro gols assim, e o Palmeiras, sete. Dos seis trabalhos da Série A com melhores desempenhos em bola parada, só o técnico Maurício Barbieri, do Vasco, tem menos de 200 dias no comando.

 

+ Fluminense, Botafogo, Grêmio e Vasco brilham na bola parada ofensiva e defensiva; veja ranking

 — Foto: Espião Estatístico

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Favorito >> Atlético-MG

 

  • O Santos ainda não perdeu como mandante na temporada. Foram 4 V e 4 E (67%), ainda assim, o quinto pior desempenho caseiro entre os times da Série A. Não sofreu gol em cinco desses oito jogos, quarto melhor desempenho defensivo caseiro. O Atlético-MG tem o nono desempenho visitante: 4 V, 3 E, 2 D (56%).
  • Sem contar pênaltis e faltas diretas, as duas equipes fizeram e sofreram seis dos últimos dez gols a partir de jogadas áreas. Há potencial para gol assim na partida. O Santos está com o terceiro pior ataque mandante na temporada entre a Série A (média 1,63); o Atlético-MG tem o 14º ataque visitante (1,33).

 

 — Foto: Espião Estatístico

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Favorito >> Fortaleza

 

  • O Coritiba fez e sofreu seis dos últimos dez gols em trocas de passes rasteiros, e o Fortaleza fez e sofreu metade dos últimos dez gols pelo alto e metade em jogadas rasteiras. O Coritiba não levou gol em cinco dos nove jogos em casa no ano (56%). O Fortaleza não sofreu gol em quatro dos 11 jogos fora (36%), 12º desempenho.
  • O Fortaleza já fez 12 gols a partir de contra-ataques (média 0,44 por jogo), disparada a maior marca entre os times da Série A. O segundo colocado é o Cuiabá, que fez seis (média 0,30). O Coritiba só marcou um, terceira pior marca no quesito. Por outro lado, o Coritiba não levou qualquer gol em contragolpe. O Fortaleza levou dois.

 

 — Foto: Espião Estatístico

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Favorito >> Corinthians

 

  • Jogo com potencial para gol a partir de jogada aérea. Sem contar pênaltis e faltas diretas, o Goiás fez sete dos últimos dez gols dessa forma, enquanto o Corinthians marcou metade pelo alto e metade em trocas de passes rasteiros. O Goiás sofreu a partir de bolas aéreas oito dos últimos dez gols, e o Corinthians, seis.
  • O Goiás está invicto como mandante no ano e tem o terceiro melhor desempenho dos times da Série A, 11 V e 2 E (90%). O Goiás disputou 13 jogos em casa e não levou gol em 11 (85%)., melhor marca da Série A. O Corinthians é o segundo pior visitante (2 V, 3 E, 3 D, 38%). Não levou gol em três. Será a estreia do técnico Cuca no Corinthians.

 

 — Foto: Espião Estatístico

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Favorito >> Botafogo

  • O Bahia tem chegado mais ao gol usando bolas altas, fez assim seis dos últimos dez gols. O Botafogo só levou quatro gols pelo alto, mas foi assim que sofreu os últimos três. O Botafogo fez metade pelo alto e metade em jogadas rasteiras. Já o Bahia levou sete dos últimos dez em jogadas rasteiras.
  • O Botafogo está com a segunda melhor campanha visitante da temporada (6 V, 3 E, 1 D, 70%), com a segunda melhor defesa forasteira, sete gols sofridos em dez jogos (0,70) e o quinto melhor ataque, 16 gols (1,60). O Bahia é o 11º mandante (7 V, 2 E, 1 D, 77%), com a terceira pior defesa (nove gols sofridos, média 0,90).

 

Metodologia

 

Favoritismos apresenta o potencial que cada time carrega no Brasileirão 2023 comparando o desempenho nos últimos 60 dias como mandante ou visitante em todas as competições e nos últimos seis jogos oficiais, independentemente do mando. Também são consideradas as performances defensiva e ofensiva das equipes no jogo aéreo e no rasteiro. Os cálculos referentes à influência de bolas altas e de troca de passes rasteiros entre gols marcados e sofridos só consideram as características dos gols marcados em jogadas. Gols olímpicos, cobranças de pênaltis e de faltas diretas não contam para determinar a influência aérea ou rasteira por serem cobranças feitas diretamente para o gol.

Apresentamos as probabilidades estatísticas baseadas nos parâmetros do modelo de “Gols Esperados” ou “Expectativa de Gols” (xG), uma métrica consolidada na análise de dados que tem como referência 93.564 finalizações cadastradas pelo Espião Estatístico em 3.809 jogos de Brasileirões desde a edição de 2013. Consideramos a distância e o ângulo da finalização, além de características relacionadas à origem da jogada (por exemplo, se veio de um cruzamento, falta direta ou de uma roubada de bola), a parte do corpo utilizada, se a finalização foi feita de primeira, a diferença de valor mercado das equipes em cada temporada, o tempo de jogo e a diferença no placar no momento de cada finalização.

O desempenho de um jogador é comparado com a média para a posição dele, seja atacante, meia, volante, lateral ou zagueiro, e consideramos o que se esperava da finalização se feita com o “pé bom” (o direito para os destros, o esquerdo para os canhotos) e para o “pé ruim” (o oposto). Foram identificados os ambidestros, que chutam aproximadamente o mesmo número de vezes com cada pé.

De cada cem finalizações da meia-lua, por exemplo, apenas sete viram gol. Então, uma finalização da meia-lua tem expectativa de gol (xG) de cerca de 0,07. Cada posição do campo tem uma expectativa diferente de uma finalização virar gol, que cresce se for um contra-ataque por haver menos adversários para evitar a conclusão da jogada. Cada pontuação é somada ao longo da partida para se chegar ao xG total de uma equipe em cada jogo.

O modelo empregado nas análises segue uma distribuição estatística chamada Poisson Bivariada, que calcula as probabilidades de eventos (no caso, os gols de cada equipe) acontecerem dentro de um certo intervalo de tempo (o jogo). Para cada jogo ainda não disputado, realizamos dez mil simulações.

*A equipe do Espião Estatístico é formada por: Guilherme Maniaudet, Guilherme Marçal, João Guerra, Leandro Silva, Leonardo Martins, Roberto Maleson e Valmir Storti. (Espião Estatístico/GE)