A força-tarefa com várias forças policiais segue em cerco contra um grupo criminoso na zona rural de Pium, na região oeste do Tocantins. A suspeita da polícia é de que a organização criminosa seja a mesma que aterrorizou a cidade de Confresa (MT) no domingo (9). Nesta terça-feira (11), as forças de segurança montaram base em uma fazenda da região, e as buscas prosseguiram, nesta quarta-feira (12).
Os criminosos teriam chegado ao estado em barcos e após desembarcarem entraram em confrontos com a Polícia Militar e fizeram uma família refém.
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Veja o que se sabe sobre o cerco aos criminosos:
*Após a tentativa de assalto em Confresa (MT), os criminosos saíram do Mato Grosso em embarcações, desceram pelo Rio Araguaia e entraram em território tocantinense no rio Javaés.
*Projeto à propriedade rural onde fica o Projeto Canguçu, da UFT, eles afundaram as embarcações, roubaram veículos e deram de cara com alunos do curso de formação da Patrulha Rural da Polícia Militar. Neste momento ocorreu o primeiro confronto, por volta das 14h30 de segunda-feira (10).
*Turistas que estavam na região do Projeto Canguçu precisaram ser retirados com apoio da polícia.
*Os criminosos se dividiram em pelo menos dois pequenos grupos para fugir dos policias. Um dos grupos foi até a fazenda Agrojan e fez uma família refém. A família foi libertada após a polícia se aproximar e aconteceu um novo confronto.
*Na noite de segunda-feira (10) as equipes policiais entraram em novo confronto com os criminosos, por volta das 19h, sendo que um dos indivíduos foi atingido e morreu no local.
*O corpo do suspeito morto chegou ao IML de Paraíso do Tocantins no início da tarde desta terça-feira (11). Ele ainda não foi identificado.
*Durante a ação os policiais apreenderam duas metralhadoras de fogo, calibre 50, um fuzil 762, munições, capacetes e coletes balísticos, além de um motor de popa e gasolina.
*O cerco na região está mantido desde a última terça-feira (11). Uma base foi montada pela força-tarefa na sede da fazenda Agrojan. As buscas pelos suspeitos também contam com embarcações e aeronaves.
*Além dos batalhões da Polícia Militar, a operação conta com o apoio da Polícia Civil do Tocantins, Polícia Federal e as Polícias Militar e Civil de Mato Grosso, Goiás e Pará.
*Na tarde da última terça-feira (11) um dos criminosos foi preso e a força-tarefa apreendeu armas, munições e uma grande quantidade de equipamentos usados pelos criminosos.
Em entrevista, o major Marcos Morais, porta voz da Polícia Militar do Tocantins, contou como a força-tarefa encontrou os criminosos na última segunda-feira (10).
“Nós estamos formando 120 alunos no curso de patrulha rural e nesse momento eles estavam nesse local fazendo estágio de patrulhamento, exatamente no local em que se depararam com esses suspeitos”, explicou Marcos Morais.
Segundo o major, as armas e munições apreendidas eram capazes de derrubar helicóptero e os criminosos continuam fortemente armados.
“A metralhadora .50 é própria para derrubar helicóptero, abater. Se ela atingir, tem poder de derrubar um helicóptero. Então, se tratando de um ser humano é uma folha de papel. O fuzil 762 é um fuzil com menor poder, mas suficiente para atravessar uma pessoa de colete”, argumentou o major Marcos Morais.