A força-tarefa com várias forças policiais segue em cerco contra um grupo criminoso na zona rural de Pium, na região oeste do Tocantins. A suspeita da polícia é de que a organização criminosa seja a mesma que aterrorizou a cidade de Confresa (MT) no domingo (9). Nesta terça-feira (11), as forças de segurança montaram base em uma fazenda da região, e as buscas prosseguiram, nesta quarta-feira (12).

Os criminosos teriam chegado ao estado em barcos e após desembarcarem entraram em confrontos com a Polícia Militar e fizeram uma família refém.

Leia Também:

– Forças de segurança de MT seguem na caçada dos bandidos que aterrorizaram Confresa

– Em terceiro dia de perseguição no Tocantins, suspeito de ataque a cidade do MT é morto em confronto com a PM

– Criminoso que atacou Confresa é preso e polícia procura outros suspeitos

– Mauro Mendes diz que logística do grupo criminoso está quebrando e bandidos serão presos

– Polícia mata um dos autores de ataques a Confresa em troca de tiros

– O que se sabe e o que falta esclarecer sobre a invasão e ataques em cidade mato-grossense

– Criminosos trocam tiros com a Polícia Militar, na divisa entre Mato Grosso e Tocantins

– Governo afirma que ordem foi restabelecida em Confresa e caçada por bandidos continua

– Civis usados como reféns; aulas são suspensas em cidade mato-grossense invadida por bandidos

– Governo de MT emprega todas as Forças de Segurança contra ataque criminoso em Confresa

– Bandidos fortemente armados cercam quartel da PM, invadem empresa e agências bancárias

Veja o que se sabe sobre o cerco aos criminosos:

*Após a tentativa de assalto em Confresa (MT), os criminosos saíram do Mato Grosso em embarcações, desceram pelo Rio Araguaia e entraram em território tocantinense no rio Javaés.

*Projeto à propriedade rural onde fica o Projeto Canguçu, da UFT, eles afundaram as embarcações, roubaram veículos e deram de cara com alunos do curso de formação da Patrulha Rural da Polícia Militar. Neste momento ocorreu o primeiro confronto, por volta das 14h30 de segunda-feira (10).

*Turistas que estavam na região do Projeto Canguçu precisaram ser retirados com apoio da polícia.

*Os criminosos se dividiram em pelo menos dois pequenos grupos para fugir dos policias. Um dos grupos foi até a fazenda Agrojan e fez uma família refém. A família foi libertada após a polícia se aproximar e aconteceu um novo confronto.

*Na noite de segunda-feira (10) as equipes policiais entraram em novo confronto com os criminosos, por volta das 19h, sendo que um dos indivíduos foi atingido e morreu no local.

*O corpo do suspeito morto chegou ao IML de Paraíso do Tocantins no início da tarde desta terça-feira (11). Ele ainda não foi identificado.

*Durante a ação os policiais apreenderam duas metralhadoras de fogo, calibre 50, um fuzil 762, munições, capacetes e coletes balísticos, além de um motor de popa e gasolina.

*O cerco na região está mantido desde a última terça-feira (11). Uma base foi montada pela força-tarefa na sede da fazenda Agrojan. As buscas pelos suspeitos também contam com embarcações e aeronaves.

*Além dos batalhões da Polícia Militar, a operação conta com o apoio da Polícia Civil do Tocantins, Polícia Federal e as Polícias Militar e Civil de Mato Grosso, Goiás e Pará.

*Na tarde da última terça-feira (11) um dos criminosos foi preso e a força-tarefa apreendeu armas, munições e uma grande quantidade de equipamentos usados pelos criminosos.

Em entrevista, o major Marcos Morais, porta voz da Polícia Militar do Tocantins, contou como a força-tarefa encontrou os criminosos na última segunda-feira (10).

“Nós estamos formando 120 alunos no curso de patrulha rural e nesse momento eles estavam nesse local fazendo estágio de patrulhamento, exatamente no local em que se depararam com esses suspeitos”, explicou Marcos Morais.

Segundo o major, as armas e munições apreendidas eram capazes de derrubar helicóptero e os criminosos continuam fortemente armados.

“A metralhadora .50 é própria para derrubar helicóptero, abater. Se ela atingir, tem poder de derrubar um helicóptero. Então, se tratando de um ser humano é uma folha de papel. O fuzil 762 é um fuzil com menor poder, mas suficiente para atravessar uma pessoa de colete”, argumentou o major Marcos Morais.