Flamengo e Fluminense protagonizam mais uma final, a quarta seguida, do Campeonato Carioca neste sábado, às 20h30 (horário de Brasília), no Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ). Em 2020 e 2021, o time rubro-negro se deu melhor e foi tricampeão estadual, uma vez que já vinha de título em 2019, mas diante do Vasco. Na terceira tentativa, em 2022, o Fluminense quebrou a sequência do rival e voltou a erguer a taça, podendo ser bicampeão agora.

Será o quarto ano seguido de final entre Fluminense e Flamengo, algo inédito no Estadual do Rio. Nos últimos três anos, o Fla venceu duas vezes e o Flu uma, a do ano passado. Com isso, o time tricolor pode ser bicampeão em caso de título.

Pelo Carioca deste ano, houve um duelo entre os times, que terminou com vitória do Fluminense por 2 a 1, de virada, e título da Taça Guanabara para a equipe tricolor.

Confusão entre jogadores do Flamengo e Fluminense, pelo Carioca 2023 — Foto: André Durão

Confusão entre jogadores do Flamengo e Fluminense, pelo Carioca 2023 — Foto: André Durão

Datas e horários (de Brasília) da final do Campeonato Carioca 2023:

  • 01/04 (domingo): Flamengo x Fluminense, às 20h30, no Maracanã
  • 09/04 (domingo): Fluminense x Flamengo, às 18h, no Maracanã

A final do Carioca será disputada em jogos de ida e volta. Ao contrário das semifinais, o time de melhor campanha não terá vantagem de resultados iguais para decidir o título. Neste caso, a definição acontecerá em disputa de pênaltis.

Everton Ribeiro x Ganso

Dizem que já não se fazem mais grandes ‘camisas 10’ como antigamente. Mas, ao menos em Fluminense e Flamengo, esta máxima vale pouco. Afinal, os dois times contam com armadores clássicos, à moda antiga e importantíssimos em seus elencos. Paulo Henrique Ganso e Everton Ribeiro são, respectivamente, grandes esperanças de tricolores e rubro-negros para a grande final do Carioca, que começa neste sábado (1).

As coincidências entre as duas feras, além da óbvia posição que compartilham em campo, começam pela idade: ambos têm 33 anos. Embora Everton esteja mais perto de ficar mais velho (faz 34 em abril, enquanto Ganso só sopra velinhas em outubro), podem ser considerados óbvios veteranos. E as próprias carreiras dos dois jogadores têm muitos pontos em comum, até a idolatria de suas torcidas atuais.

O paraense Paulo Henrique começou brilhando no Santos, onde fez história e conquistou uma Copa Libertadores. Posteriormente, já no São Paulo, levantou a Sul-Americana e a Recopa. Passou pela Seleção, onde chegou a ser camisa 10, mas não brilhou na Europa. Já o paulista Everton Ribeiro demorou mais para ‘estourar’ nacionalmente, o que só conseguiu pelo Coritiba. Posteriormente, os títulos brasileiros no Cruzeiro o levaram ao estrelato. Na Seleção, também deu sua contribuição, embora sem títulos.

Estilo cadenciado e passes açucarados

Mas é claro que o estilo de jogo dos dois craques é o que chama mais atenção em seu futebol. Num tempo em que muito se exige dos jogadores que corram e marquem, Ganso e Everton provam que quem faz a bola correr é que é craque. E os números não mentem: o tricolor deu nove assistências diretas na temporada passada, enquanto o rubro-negro deu dez. Em 2023, a vantagem também é do rubro-negro, mesmo sem o lugar de titular garantido.

A identificação de ambos é outro fator que pesa favoravelmente para eles em seus clubes. A torcida do Fluminense adora Ganso, desde sua chegada, em 2019. Quando assinou um contrato de cinco anos, vindo de uma fase ruim na França, muitos duvidaram de sua qualidade. Mas os tricolores recepcionaram o meia no aeroporto cantando que o camisa 10 era “melhor que Arrascaeta”. Cento e sessenta e nove jogos e 19 gols depois, nenhum deles ousa mudar de ideia.

Everton chegou menos contestado. O talento dos tempos de Cruzeiro (inclusive com um gol antológico sobre o próprio Flamengo, em 2013) ainda estava recente na memória de muitos torcedores, quando chegou dos Emirados Árabes. De fato, a expectativa foi atendida: são 343 jogos, 42 gols e o carinho eterno da “Magnética”. Presente em todos os títulos dessa fase áurea do clube, só pode mesmo ser um ídolo.

A partir deste sábado, ambos irão duelar diretamente. Ganso é titular inconteste, enquanto Everton Ribeiro deverá ganhar a chance após a lesão de Arrascaeta. O Maracanã e a taça de campeão são pequenos demais para os dois: só o gatilho mais rápido – e preciso – sairá vencedor neste faroeste da bola. (Jogada 10)