Mas isso não é motivo para alarde. Pelo menos por enquanto, pois o astro de 50 metros de diâmetro tem uma chance ‘muito pequena’ de colidir diretamente com a Terra, segundo anunciou o Escritório de Coordenação de Defesa Planetária da Nasa, a agência espacial norte-americana.
Para ser mais específico, a chance dessa colisão acontecer é de uma a cada 625, de acordo com a ESA, agência espacial europeia, mas este número está em constante revisão.
“Muitas vezes, quando novos objetos são descobertos, são necessárias várias semanas de dados para reduzir as incertezas e prever adequadamente suas órbitas anos no futuro”, afirmou a Nasa.
“Os nossos analistas de órbita continuarão monitorando o asteroide 2023 DW e atualizarão as previsões à medida que mais dados chegarem”.
Batizado de 2023 DW, o corpo celeste foi detectado pela primeira vez em 26 de fevereiro, por um observatório no Chile.
A Nasa estuda a fundo a órbita desses objetos para justamente prever aproximações e probabilidades de impacto. No ano passado, pela primeira vez na história, a agência conseguiu inclusive alterar a trajetória de um asteroide com sucesso. A missão foi um teste para verificar a capacidade de desviar a rota de corpos celestes que poderiam entrar em rota com a Terra no futuro.
O asteroide alvo foi Dimorphos, que está a cerca de 9,6 milhões de quilômetros da Terra e é bem pequeno, mas ainda assim maior que o 2023 DW, com cerca de 160 metros de diâmetro.
Ainda de acordo com agência espacial americana, diariamente, cerca de cem toneladas de “material interplanetário” caem na superfície da Terra, mas a maioria desses objetos são minúsculas partículas de poeira que são liberadas por cometas (geralmente, os cometas são feitos de gelo e poeira, diferentemente dos asteroides, que são rochosos).