Reforço mais recente a ser anunciado pelo Cuiabá, o volante Filipe Augusto foi apresentado oficialmente na tarde desta terça-feira, em entrevista coletiva concedida no CT do Dourado.
Contratado há quase duas semanas, o jogador de 29 anos foi relacionado pela primeira vez no último fim de semana, na vitória do Cuiabá sobre o Cacerense, pela última rodada da primeira fase do Mato-grossense.
– Essa primeira impressão tem sido muito boa, fui muito bem recebido pelos jogadores, pelo staff, por todas as pessoas do clube. É sempre bom chegar e ser bem recebido, isso te dá confiança pra trabalhar e adaptar nos primeiros dias. A sensação está sendo muito boa, já fui relacionado para o primeiro jogo, já tive contato com o grupo na viagem, apesar de não ter jogado. A expectativa continua alta pra vestir a camisa e entrar em campo, mas é paciência e continuar trabalhando porque sei que logo logo poderei ajudar meus companheiros.
Torcida e imprensa foram surpreendidos pelo anúncio em uma reação natural, já que Filipe Augusto é pouco conhecido no futebol brasileiro. Revelado pelo Bahia, ele deixou o país com apenas 18 anos rumo a Portugal, onde construiu a maior parte de sua carreira. Acumula passagens também na Espanha, Turquia e Arábia Saudita, além de ter convocações para Seleção Brasileira de base.
– Foi uma oportunidade essa saída muito cedo. Conto a história que tenho um tio que me ajudou muito nessa decisão. Até então estava vivendo um sonho, tinha acabado de subir da base, aquilo que todo jogador quer. Assim que voltei de uma das convocações da Seleção, surgiu essa oportunidade pra ir para a Europa. Na altura fiquei muito indeciso, pois queria viver aquele momento no Bahia. Esse meu tio, bem lúcido, me falou que era uma oportunidade muito boa pra mim.
– Acabei decidindo ir pra Europa ainda com 18 anos e confesso que foi uma das melhores decisões que tomei. Não que o futebol brasileiro não iria me fazer crescer, mas o futebol na Europa te dá crescimento, amadurecimento tático e técnico muito maior. Aprendi muito. A decisão de voltar é de poder colocar em prática toda a experiência que obtive e ajudar o Cuiabá nos objetivos da temporada.
Filipe Augusto em ação pelo Rio Ave — Foto: Divulgação
Em Portugal, Filipe defendeu Rio Ave, Braga e Benfica – clube pelo qual conquistou a liga nacional, em 2016/2017. Ele revelou que conhecia o trabalho do técnico Ivo Vieira, mas disse que não houve conversas antes do acerto.
– Conhecia o Ivo (Vieira), mas não chegamos a conversar. Em Portugal, a maioria dos jogadores e treinadores se conhece, sabia um pouco da forma que ele trabalhava, mas não tive nenhum contato inicial. O contato será a partir de agora, entender os treinos, as ideias dele para a equipe e me encaixar o mais rápido possível.
– Nos últimos anos, venho jogando mais de camisa 5, primeiro volante. Gosto de fazer essa posição, pois tenho característica em fazer transição da defesa pro ataque, me sinto muito bem. Faço com que o time tenha mais posse de bola, que goste de jogar. acabo de adaptando melhor nessa posição, mas faço, como já fiz na carreira, o camisa 8, segundo volante. Vai depender do treinador em qual posição achar melhor me colocar.
Condicionamento físico
– Fisicamente me sinto bem. Lógico que o fato de não jogar influencia um pouco, porque só jogando que obtém ritmo de jogo. Mas me sinto bem, os testes que fiz no início foi para que soubessem que ponto eu estava e foram muito bons. Acredito que com os jogos, mais rápido estarei apto e melhor fisicamente para ajudar.
Diferença da Europa
– Acredito que é mais o entendimento tático. A técnica se desenvolve. No Brasil tem vários jogadores muito acima da média tecnicamente, rápidos, que fazem a diferença tecnicamente, mas muitos treinadores querem entendimento tático. Acho que o ponto tático e mental é o meu diferencial para a chegada hoje. (GE)