Nasser Al-Khelaifi, presidente do PSG, está sendo investigado pela Justiça francesa após acusações de sequestro e tortura. O autor da denúnca é o empresário Tayeb Benabderrahmane, de acordo com informações do jornal L’Equipe.

Tayeb, de 42 anos, alega ter sido sequestrado e torturado a mando de Al-Khelaifi por ter informações comprometedoras a respeito do presidente do Paris Saint-Germain. Nesta terça-feira, três juízes foram nomeados para avaliarem o caso.

O sequestro teria ocorrido em janeiro de 2020, no Catar, e durado seis meses sob tortura em um cativeiro. De acordo com relatos do empresário, ele só foi liberado após ter assinado um protocolo de sigilo para não divulgar “documentos sensíveis”.

Ainda de acordo com o L’Equipe, estes documentos podem estar relacionados à escolha do Catar como sede da Copa do Mundo de 2022 ou serem um pacto para aquisição de direitos de transmissão das duas próximas edições pela BeIn Sports, empresa da qual Al-Khelaifi é presidente.

Em novembro do ano passado, Al-Khelaifi chegou a falar a respeito das acusações.

– É a manipulação máxima da mídia. Estou apenas surpreso que tantas pessoas tenham considerado suas mentiras e contradições como críveis. Mas esse é o mundo da mídia em que estamos hoje. A lei seguirá seu curso e não tenho tempo para falar sobre pequenos criminosos de carreira – disse ao The Sun na época.

No ano passado, o Ministério Público da Suíça pediu 28 meses de prisão para o presidente do PSG justamente por um “acordo corrupto” sobre os direitos de transmissão das Copas do Mundo de 2026 e 2030. Al-Khelaifi foi absolvido, assim como Jerome Valcke, ex-secretário geral da Fifa. (GE)