A Polícia Civil de Mato Grosso indiciou, nesta sexta-feira (24), o último homem procurado por ter cortado parte da língua de uma adolescente em Tangará da Serra, a 243 quilômetros a noroeste de Cuiabá. Conforme a polícia, ele já está preso na cidade e, agora, deve responder por crime de tortura. Outros três homens, com idades de 20, 22 e 25 anos, foram presos e um adolescente de 17 anos, apreendido por participar do crime.

O delegado  Adil Pinheiro de Paula, responsável pelas investigações, explicou que  um sexto suspeito também foi identificado como mandante do crime.

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Segundo o delegado, o mandante é líder de uma facção criminosa e teria comandado de dentro do presídio em Várzea Grande, região metropolitana da capital, toda a sessão de tortura da adolescente que foi obrigada a conversar com o mandante e se explicar para tentar salvar a vida dela.

“Eu representei junto ao Judiciário que ele ficasse em regime disciplinar diferenciado, onde não tem acesso a celular como ele tinha livre acesso e fazia vídeo com os criminosos que estão aqui fora fomentando e obrigando as pessoas que estavam soltas a praticar crimes em nome da facção, mesmo que a pessoa não quisesse”, afirmou.
Conforme o delegado, o mandante está preso no primeiro raio de segurança máxima da Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá. O celular da adolescente, levado pelos criminosos no dia do crime, também foi recuperado.

À polícia, a mãe da garota relatou que cinco pessoas invadiram a casa dela procurando pela adolescente, pois queriam informações sobre o namorado dela — um deles estava armado –, que supostamente seria de uma organização criminosa.

Para conseguir as informações da menina, o suspeito cortou um pedaço da língua dela, depois roubou o celular da vítima e fugiu, ainda conforme a Polícia Civil de Mato Grosso.