A Polícia Civil de São Paulo tem a identidade de um dos torcedores do Palmeiras que participou das pichações nos muros da sede social do clube, na rua Palestra Itália. A Unidade de Inteligência Policial finaliza a identificação dos outros participantes, que serão indiciados pelo crime de pichação.

De acordo com a Lei Ambiental, configura crime “pichar ou por outro meio conspurcar edificação ou monumento urbano”. A pena prevista é de detenção de três meses a um ano, além de multa.

Todos os torcedores que forem identificados pela Polícia e tiverem participado das pichações irão arcar com os custos da pintura do muro. O valor gasto foi de cerca de R$ 1,9 mil, segundo informações do delegado Cesar Saad, que conduz as investigações.

No dia 26 de janeiro, um grupo de pessoas deixou um bar próximo ao Allianz Parque e caminhou em direção ao clube. O ato aconteceu depois do empate sem gols com o São Paulo, e o alvo foi a diretoria do clube. “Queremos jogadores”, “acorda blogueirinha” e “diretoria fraca” foram algumas das frases grafadas nas paredes do Allianz Parque.

O principal motivo para as pichações seria a falta de reforços no início de temporada após o Palmeiras perder o volante Danilo e o meia Gustavo Scarpa, ambos contratados pelo Nottingham Forest, da Inglaterra. O Verdão ainda não anunciou reforços em 2023.

Torcedores picham muros do Palmeiras após empate com o São Paulo — Foto: Reprodução

Torcedores picham muros do Palmeiras após empate com o São Paulo — Foto: Reprodução

Em entrevista exclusiva ao ge antes da final da Supercopa, a presidente Leila Pereira condenou as pichações e disse estar tranquila sobre as cobranças pelas contratações.

– Eu sempre soube que ser presidente de um clube do tamanho do Palmeiras a pressão é muito grande. Mas ela não pode tirar nosso foco, sabemos do que o Palmeiras precisa, onde queremos chegar. Respeito profundamente a opinião do torcedor, mas não admito protestos que vandalizem patrimônio do clube. Quem ama, não vandaliza – disse Leila. (GE)