Preso há nove anos, quando ficou conhecido como o serial killer da Baixada Fluminense, Sailson José das Graças, hoje com 35 anos, foi condenado esta semana no Rio de Janeiro a 30 anos de prisão por um de seus assassinatos.
Em 2014, sua namorada, Cleusa Balbina de Paula, atraiu o ex-namorado Paulo Vasconcelos para sua casa, onde foi assassinado a facadas por Sailson. O motivo alegado? Uma divida de R$ 40. Sailson já havia sido condenado por outros três assassinatos, com penas que somam 49 anos.
A primeira vítima
Sailson tinha 26 anos quando declarou, orgulhoso, a autoria de 43 homicídios na Baixada Fluminense, sempre nos bairros de Santa Rita e Corumbá, em Nova Iguaçu. Preso em dezembro de 2014 após um flagrante, ele disse à polícia que matou e enterrou sua primeira vítima em 2005, quando tinha apenas 17 anos. Ele também detalhou um homicídio frustrado: como a vítima não morreu depois de três tentativas de enforcamento, o serial killer desistiu ao se convencer de que o assassinato não era para acontecer.
Preso em dezembro de 2014 após um flagrante, ele disse à polícia que matou e enterrou sua primeira vítima em
2005, quando tinha apenas 17 anos. Ele também detalhou um homicídio frustrado: como a vítima não morreu depois de três tentativas de enforcamento, o serial killer desistiu ao se convencer de que o assassinato não era para acontecer.
A polícia considerou exagerada a estimativa de 43 homicídios depois de investigar uma série de crimes atribuídos a Sailson e encontrar indícios de ao menos seis assassinatos e quatro tentativas.
Mas outro detalhe também dificultou as investigações: as precauções que Sailson tomava antes de cometer os crimes. Ao menos quatro crimes ocorreram em outubro de 2014:
Ele foi preso em flagrante no dia 9 de dezembro daquele ano em um bar depois de matar Fátima. Foi quando passou a revelar a série de assassinatos e a suposta existência de uma lista com futuras vítimas.
Antes de receber pena de 30 anos de prisão esta semana, Sailson já havia sido condenado por três assassinatos desde então, com penas que somadas ultrapassam 49 anos de prisão. A pena máxima de reclusão no Brasil passou de 30 para 40 anos após mudança na lei em 2019.
Ele sempre usava luvas;
Nunca portava documentos;
Estudava a rotina das vítimas;
Confirmava a presença de câmeras;
Para o Ministério Público, o crime foi motivado por uma dívida de R$ 40 da vítima com Cleusa, que planejou o crime executado por Sailson, segundo a denúncia.
O réu pratica crimes ostentando uma condição de matador, serial killer, manifestando satisfação pessoal em razão de tal condição, inclusive em entrevistas.
A última condenação Além de Sailson, a namorada Cleusa foi condenada esta semana aos mesmos 30 anos de reclusão pelo assassinato do ex-namorado em 2014. Para o Ministério Público, o crime foi motivado por uma dívida de R$ 40 da vítima com Cleusa, que planejou o crime executado por Sailson, segundo a denúncia. O réu pratica crimes ostentando uma condição de matador, serial killer, manifestando satisfação pessoal em razão de tal condição, inclusive em entrevistas. (Uol)