A defesa de Daniel Alves, de 39 anos, aposta no comportamento do jogador e garante que não há risco de fuga para conseguir a liberdade do lateral. Os argumentos estão no recurso enviado à Justiça da Catalunha esta semana, um documento de 24 páginas, que pede a liberação do atleta, preso desde o último dia 20 de janeiro. As informações são do portal UOL.
No recurso, os advogados de Daniel Alves, chefiados pelo advogado Cristóbal Martell, afirmam que o jogador “tem conexões pessoais, familiares, sociais e empresariais” em Barcelona. O pedido também argumenta que o lateral não tem mais vínculo com o Pumas, clube do México, e, portanto, não deixaria a Espanha.
O pedido de liberdade ainda enumera casos julgados em Barcelona nos quais a prova de residência e vínculos com empresas na cidade, aliados a medidas cautelares, foram suficientes para descartar o risco de fuga.
O recurso, apresentado na última segunda-feira, propõe o pagamento de uma fiança, em valor não divulgado. A defesa de Daniel Alves assegura que o jogador não terá qualquer contato com a jovem de 23 anos, que acusa o atleta de agressão sexual. O lateral cumpriria uma ordem de restrição de uma distância de 500 metros.
Segundo o UOL, o recurso reitera o bom comportamento de Daniel Alves em sua carreira e usa como exemplo o fato de o lateral ter comparecido, de acordo com a defesa, voluntariamente ao depoimento. Na ocasião, o brasileiro foi detido e, posteriormente, preso preventivamente por ordem judicial.
O documento ainda atesta que Daniel Alves, caso aguarde o julgamento em liberdade, garante que ele se apresentará às autoridades locais periodicamente e sugere, inclusive, que ele faça isso diariamente. Alves também se propõe a notificar qualquer mudança de endereço e, como divulgado anteriormente, entregar seus passaportes e usar pulseira eletrônica.
Versão da vítima contestada
Em reportagem desta quarta-feira, o jornal catalão La Vanguardia também traz detalhes do recurso apresentado por Daniel Alves. A defesa do jogador contesta alguns trechos do depoimento da vítima.
O documento, de acordo com o diário espanhol, afirma que a jovem teria entrado no banheiro da boate Sutton, de Barcelona, no dia 30 de dezembro, dois minutos depois do brasileiro. Os advogados de Daniel analisaram mais de sete horas de imagens das câmeras de segurança e agora insistem que o relato de vítima e as gravações não coincidem.
Daniel Alves está preso preventivamente desde o último dia 20 de janeiro, em Barcelona, acusado de agressão sexual. Caso o pedido de liberdade não seja concedido, o jogador brasileiro vai permanecer recluso até o julgamento do caso, que não tem data marcada. (GE)