No sábado (10), a partir das 9h, um Ato Cultural em Defesa dos Direitos Humanos, na Praça Ipiranga, marca as comemorações do Dia Internacional dos Direitos Humanos em Cuiabá. O ato reúne diversos movimentos sociais, coletivos, entidades, ativistas e pessoas que trabalham pelos direitos humanos, e tem como objetivo dialogar com a sociedade. Haverá atividades culturais, com muita música, poesia e teatro, com participação da Companhia Cena Onze, Josi Crispim, Gê Lacerda, Lúcia Maria, Professor Passos, Sevem Mônica e Benjamin.
Rosa Lúcia, membro do coletivo Mulheres Camponesas e Urbanas de Mato Grosso, destacou a importância de ocupar as ruas. “Direitos sociais estão sendo negligenciados nos últimos anos: saúde, educação, acesso à terra, moradia, segurança, dentre tantos outros. Combater a fome é uma pauta prioritária agora. Tivemos muitas lutas neste ano, e tivemos êxito em eleger um governo democrático. Vamos reunir as pessoas que defendem um mundo mais justo para celebrar, para a população trabalhadora ocupar as ruas e colocar em pauta os direitos humanos, que são os direitos de todas as pessoas, mas temos buscado colocar luz nos grupos especialmente oprimidos”, disse.
Segundo Marilza José Lopes Schuina, da Articulação Grito dos Excluídos/as de MT e do coletivo Mulheres Camponesas e Urbanas de Mato Grosso, é necessário manter a mobilização e a luta para garantir que os direitos das pessoas que ainda não são aplicados saiam do papel e sejam garantidos na prática.
“Esse ato em defesa dos direitos da pessoa humana nos lembra da necessidade de continuar reivindicando os direitos ainda não garantidos pelo Estado e pela sociedade. Temos vivido esse momento de tensão na História do país em que os direitos da população indígena, da população negra, da juventude, das mulheres, dos trabalhadores, da população LGBTQIA+, são negligenciados. Então há necessidade de lutar por ações concretas para garantir os direitos civis, os direitos políticos, os direitos sociais e também os direitos ambientais de toda a população. Vamos juntos neste 10 de dezembro, para que a Declaração Universal dos Direitos Humanos seja não somente mantida no papel”, disse.
Apoiam o ato a Associação dos Amigos e Amigas do Centro de Formação e Pesquisa Olga Benário (Aamobep), Coletivo de Mulheres Camponesas e Urbanas de MT, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, Centro de Pastoral para Migrantes (CPM), Grito dos Excluídos, Fórum de Direitos Humanos e da Terra (FDHT), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Instituto Brasileiro de Transmasculinidade (Ibrat), Lu artes indígenas, Federação dos Povos e Organizações Indígenas de Mato Grosso (Fepoimt), Takiná Organização de Mulheres Indígenas de MT, Mulheres do Hip Hop Mato-grossense, Favelativa, Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos (Conaq), Associação da Parada do Orgulho LGBTQIA de Mato Grosso, Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), Centro Burnier, Associação dos Docentes da UFMT (Adufmat), União Estadual dos Estudantes de Mato Grosso (UEE), União Nacional dos Estudantes (UNE), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), Associação Mato-grossense dos Estudantes (AME), Diretório Central dos Estudantes da UFMT Cuiabá (DCE), Mulheres Resistem MT, Rede Nacional de Médicas e Médicos Populares, Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiências da OAB-MT, Escola de Música Josi Crispim, Sinasefe-MT Seção Sindical São Vicente, Movimento Nacional de População de Rua de MT, Cooperativa Alternativa de Catadores, Reciclagem e Preservação do Meio Ambiente do Estado de MT (Coorepam), Associação de Moradores Unidos do Parque Georgia, Fórum de População em Situação de Rua de Cuiabá, Fórum de Mulheres Negras de Mato Grosso, Movimento Antimanicomial de Várzea Grande e Mulheres Pela Vida, e os mandatos da deputada federal Rosa Neide (PT), do deputado estadual Lúdio Cabral (PT) e da vereadora Edna Sampaio (PT).