Ex-pistoleiro de João Arcanjo Ribeiro, o réu Édio Gomes Júnior foi condenado nesta quarta-feira (23) pelo Tribunal do Júri de Várzea Grande a 55 anos de prisão pelos homicídios de Pedro Francisco da Silva, José Pereira de Almeida, Itamar Batista Barcelos e Areli Manoel de Oliveira, em março de 2004, na fazenda São João. A defesa irá recorrer da sentença.
Os jurados decidiram pela condenação do acusado por três homicídios qualificados e quatro ocultações de cadáveres. Ao final do julgamento a pena de Édio, de 55 anos, foi proferida pelo juízo da primeira Vara Criminal de Várzea Grande.
A banca de defesa do réu, composta pelos advogados Neyman Monteiro, Hélio Caldeira, Regina Dessunte e Jorge Godoy, decidiu que irá recorrer da sentença. Os advogados afirmaram que a pena foi desproporcional e irão tentar reduzir a condenação.
Chacina na fazenda São João
O fato, que ficou conhecido como “chacina na Fazenda São João”, ocorreu no dia 27 de fevereiro de 2004. Édio e os comparsas Carlos Sérgio André, Alderi de Souza Ferreira e Valdinei Luiz Ademias tentaram matar a vítima Vidal Sérgio Rondon e colegas que foram ao local pescar em um tanque. Eles foram pegos de surpresa e foram baleados nas costas.
A denúncia foi oferecida pelo Ministério Público Estadual (MPE) em 2009 e decretada a prisão dos acusados. Nesses anos desde o crime, Carlos Sérgio e Valdinei foram inocentados. Em relação a Alderi e Édio o processo foi suspenso e a prisão de Édio cumprida em 15 de abril de 2021, 17 anos após o crime.