Messi, Mbappé e Lewandowski são algumas das atrações da Copa do Mundo do Catar, nesta quarta-feira, que terá rodada cheia e será o primeiro dia com quatro partidas para maratonar. Em campo estarão algumas das seleções apontadas como favoritas, casos de Argentina e da atual campeã França.
Além das duas potências, o dia também terá a Polônia do craque e artilheiro Lewandovski, o México que busca encerrar uma zica que já dura sete Copas, além de uma Dinamarca que corre por fora e os azarões Tunísia e Arábia Saudita.
Veja abaixo os horários (de Brasília) dos jogos desta terça-feira:
- 7h – Grupo C – Argentina x Arábia Saudita
- 10h – Grupo D – Dinamarca x Tunísia
- 13h – Grupo C – México x Polônia
- 16h – Grupo D – França x Austrália
A última dança de Messi
Apontada como uma das favoritas ao título, a Argentina se prepara para a despedida de Messi. Um dos primeiros atos será a última Copa do craque, que busca o primeiro título na sua quinta participação.
E o camisa 10 chega para a Copa cercado de mistérios e dúvidas em relação a sua forma física. Nas primeiras atividades da seleção no Catar, Messi teve uma programação diferente do restante dos companheiros. Inicialmente, ficou na academia, longe do gramado. Depois, até foi a campo, mas treinou com fisioterapeutas, afastado do restante dos companheiros.
O último domingo, porém, foi de alívio para os argentinos. Messi, finalmente, foi a campo e treinou normalmente na atividade do dia da seleção argentina. O craque do PSG participou do trabalho com o restante dos companheiros. Na segunda, chegou a aparecer em imagens com um inchaço no tornozelo, mas será titular nesta terça-feira.
– Me cuidei e trabalhei como em toda minha carreira. Certamente é minha última Copa e a última oportunidade de conquistar esse grande sonho que temos – disse Messi na entrevista coletiva que antecede a estreia da Argentina.
A seleção argentina chega confiante e ostentando um número importante às vésperas da estreia na Copa. São 36 jogos seguidos sem der derrotado, mesma marca obtida pela seleção brasileira entre 1993 e 1996, em um período sob o comando de Carlos Alberto Parreira e, depois, Zagallo.
A última derrota da Argentina foi justamente diante da seleção brasileira, na final da Copa América, em julho de 2019, por 2 a 0. De lá para cá, são 25 vitórias e 11 empates. Caso não perca o jogo de estreia, os argentinos irão igualar o recorde mundial que pertence à Itália.
Dinamarca x Tunísia: vitória da superação
O confronto entre as seleções marca também uma grande superação pessoal para o meia Christian Eriksen. Aos 30 anos, o jogador chega para o seu terceiro mundial após sofrer um infarto durante a Eurocopa de 2021.
O zagueiro Kjäer, do Milan, fez questão de exaltar que a presença de Eriksen na Copa do Mundo não terá importância apenas dentro de campo, com o aporte técnico trazido pelo meia do Manchester United.
– Estamos gratos por Eriksen estar aqui. Ele é um dos melhores jogadores que já vi em termos de qualidade e também socialmente. Adoramos tê-lo conosco. É uma vantagem para a Dinamarca.
Eriksen puxa fila em treino da Dinamarca no Catar — Foto: EFE/EPA/FRIEDEMANN VOGEL
A Tunísia disputará a sua sexta Copa do Mundo com a missão de passar de fase pela primeira vez. Na partida de estreia, os tunisianos não poderão contar com goleiro Bechir Ben Said, que vinha sendo o titular e acabou sofrendo uma lesão dias antes da Copa.
Lewandowski contra a zica mexicana
O segundo jogo do Grupo C tem a expectativa de uma espécie de “final” na disputa pelo segundo lugar, que tem a Argentina como grande favorita para assegurar a melhor campanha da chave. Assim, Polônia e México entram em campo às 13h com clima de decisão logo em suas estreias.
O grande trunfo da Polônia é o artilheiro Robert Lewandowski, que tenta acabar com a seca de gols quando o assunto é Copa do Mundo. O centroavante tem apenas uma participação em Mundial, em 2018, com 270 minutos em campo e nenhum gol marcado.
Lewandowski é o grande destaque da Polônia nesta Copa do Mundo — Foto: Getty Images
Na temporada passada, por exemplo, Lewandowski marcou 50 gols em 46 jogos pelo Bayern de Munique. Além disso, fez outros seis gols em sete partidas com a seleção da Polônia, totalizando então 56 gols em 53 compromissos oficiais em 2021/22.
Lewandowski chega à Copa do Mundo em um novo momento de sua carreira. Após oito anos no Bayern de Munique, o atacante se transferiu para o Barcelona em busca de novos desafios. Em 19 jogos, já são 18 gols e quatro assistências.
Do outro lado, Lewa e seus companheiros encontrarão um México que chega pressionado pela falta de resultados e de um bom desempenho. Comandada pelo argentino Tata Martino, a seleção mexicana foi derrotada pela Suécia no último amistoso antes da Copa, o que aumentou ainda mais a desconfiança dos torcedores.
O México vive uma espécie de zica quando levamos em consideração as últimas sete edições da Copa do Mundo, quando acabou eliminado nas oitavas de final. As duas melhores campanhas foram às quartas de final em 1970 e 1986, ambas quando foi o país anfitrião.
E como tudo que é ruim pode ficar ainda pior, uma derrota para a Polônia logo na estreia pode praticamente soterrar qualquer chance de avançar da primeira fase, piorando ainda mais a crise no futebol mexicano.
Atual campeã com vários problemas
A França viveu inúmeros momentos de tensão antes da estreia na Copa do Mundo. Ou melhor, foram exatos sete jogadores que se lesionaram a acabaram desfalcando a seleção na defesa do título mundial.
Estão fora da Copa do Mundo e faziam parte da lista do técnico Didier Deschamps: Benzema, Pogba, Kanté, Nkunbu, Kimpembe, Maigan e Kamara.
Mbappé em chegada da França no Catar — Foto: REUTERS/Hannah Mckay
O golpe mais duro para a seleção francesa foi do atacante Karim Benzema, cortado quando já estava no Catar para a competição. O melhor jogador do mundo não teve um substituto convocado. Mesmo diante dos desfalques, o técnico Didier Deschamps mantém o tom otimista de que a sua seleção segue entre as favoritas para conquistar a Copa do Mundo.
– Não há apreensão. Fizemos de tudo para garantir que o grupo esteja no seu melhor para esta primeira partida que é importante, mas não decisiva. Este é o altíssimo nível. Cada equipe tem o seu percurso na Copa. O principal é ter um grupo firme neste objetivo – disse Deschamps.
Sem alguns dos seus principais jogadores, a França passa a ter como grande estrela Kylian Mbappé. O companheiro de Messi e Neymar no PSG. Com quatro gols no título francês em 2018, o atacante foi eleito o melhor jogador jovem na Rússia e chega agora com a responsabilidade de carregar a seleção rumo ao bicampeonato. (GE)