De janeiro a outubro, Mato Grosso registrou um aumento de aproximadamente 25% nas ocorrências de conflitos agrários este ano. Neste período, foram registrados 102 conflitos, enquanto que, em 2021, no mesmo período, o Estado registrou 81, de acordo com levantamento da Comissão Pastoral da Terra (CPT).
Entre os principais agentes dos conflitos estão fazendeiros, grileiros e garimpeiros. E quem sofre com os conflitos no campo são os povos indígenas, com mais de 5 mil famílias, seguidos pelos sem-terra, com mais de 2.500 famílias, e dos assentados, com mais de mil famílias.
Os números constam do estudo “Conflitos no Campo Brasil 2021”, elaborado pela CPT para apontar todas questões agrárias e de disputas por terra em todos os estados do país. O levantamento aponta ainda conflitos por água e resgate de pessoas trabalhando em condições análogas às escravas.
Segundo o secretário da Sesp, Alexandre Bustamante, muitas vezes alguns casos de conflitos sequer são registrados, por isso o Estado não fica sabendo do ocorrido e acaba não reconhecendo os números da CPT. Conforme o secretário, até então, este ano, não há registro de homicídio por motivação de conflito de terras. No entano, em 2021, houve registro de uma morte.
“Quando conseguimos controlar os índices de violência na cidade, percebemos um aumento nos crimes do campo. E, por isso, de forma estratégica, o governador Mauro Mendes criou a Patrulha Rural, brilhantemente executada pela Polícia Militar, onde as propriedades rurais são cadastradas e monitoradas. E já percebemos a diminuição dos índices”, explicou Bustamante.
Outros conflitos agrários, no entanto, tiveram queda significativa. Os roubos em propriedades agrícolas caíram 30% em relação a 2021. Em relação a roubos e furtos de gado, reduziram 31% e 35%, respectivamente.
Fonte: HiperNotícias