A Secretaria Estadual de Saúde (SES) confirmou, na tarde desta quarta-feira (9), a primeira morte por varíola dos macacos, conhecida como Monkeypox. O paciente era um homem de 27 anos e morava em Campo Verde, a 139 quilômetros ao Sul de Cuiabá.
Segundo a SES, ele foi diagnóstico com a doença em setembro e foi transferido para o Hospital Universitário Júlio Müller. Ele apresentava baixa imunidade e comorbidades, o que agravou o quadro da doença.
Até esta terça-feira (8), são 114 casos de monkeypox e outros 10 são investigados. Os casos suspeitos são aqueles em que os pacientes apresentaram início súbito de lesões em mucocas ou erupção cutânea aguda, em qualquer parte do corpo.
“Qualquer pessoa pode pegar monkeypox, desde que tenha contato próximo com uma pessoa doente”, explica o infectologista da USP, Rico Vasconcelos.
E já começam a surgir casos em crianças e mulheres. Nessa expansão do surto, o doutor Rico tem uma preocupação em especial: “É a gestante o que mais me tira o sono em relação a monkeypox”, diz.
“Aqui no Brasil e no mundo a gente tem um índice de letalidade baixíssimo. Mais de 33 mil casos, dos quais apenas 10 óbitos foram registrados. E é muito triste o acompanhamento do paciente com monkeypox que tem uma forma mais grave, com dor. É muito comum a pessoa ter dor intratável, sangramento e que pode ficar por até duas semanas com dor, até que uma hora começa a melhorar”, diz Rico.