Se as interdições em rodovias federais em Mato Grosso durarem mais do que três dias, pode faltar combustível na Capital. Segundo Nelson Soares Jr., diretor do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de Mato Grosso (Sindipetróleo-MT), apesar de os postos não revelarem quando compram de combustíveis, a legislação obriga que essas empresas tenham um estoque que assegure o abastecimento em situações emergenciais. Segundo ele, esse estoque deve durar mais dois ou três dias em Cuiabá.
“A gente tem monitorado a situação, mas na baixada cuiabana está tranquilo, porque, pelo que determina a legislação, tem que ter um estoque de segurança de combustível”, explica Nelson.
Desde o dia 30 de outubro, rodovias de todo o país têm sido bloqueadas por caminhoneiros em protesto contra o resultado da eleição presidencial, da qual saiu vencedor Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Em localidades mais distantes, no entanto, a situação já é preocupante, principalmente em cidades que são abastecidas por bases que ficam na Capital. Outras localidades que têm bases instaladas podem passar por dificuldades, mas estão conseguindo manter a normalidade apesar das circunstâncias.
“Se a cidade depende de base que fica em Cuiabá, o problema é imediato. É o caso de Cáceres, que não recebe nada desde domingo. Sinop está complicado por causa das interdições, mas tem base na cidade”, diz Nelson.
Postos de combustíveis em Cuiabá têm mantido o preço do etanol entre R$ 3,17 e R$ 3,47, mas para Nelson, isso não está relacionado às interdições. Pelo menos por hora, os preços são definidos por estratégia de mercado e o consumidor, se pesquisar, consegue encontrar opções mais em conta.
Fonte: Repórter MT