A Justiça do Trabalho determinou que a empresa de transporte rodoviário de Campo Novo do Parecis (400,7 km de Cuiabá), Everest Transportes, suspenda “palestras políticas” para influenciar o voto de colaboradores na disputa presidencial do 2º turno, que será realizado nesse domingo. Foi fixado multa de R$ 20 mil em caso de descumprimento e mais R$ 10 mil por cada trabalhador que seja prejudicado.
A decisão atende a um pedido do Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso (MPT-MT) após denúncias de que supostos venezuelanos estariam sendo levados a estabelecimentos comerciais para fazer “palestras políticas”.
De acordo com o MP, no discurso eles teriam tentado persuadir trabalhadores a votar em um determinado candidato à Presidência. No vídeo divulgado em sites de notícias é possível identificar a presença da empresária Eliane Massaroli Zorzi (de camisa amarela), administradora da Everest Transportes, e da sócia-proprietária e representante de outra empresa que integra o quadro societário de Zorzi, a Pandora Participações e Investimentos Eireli.
Ainda conforme os autos, as declarações da venezuelana faziam nítido discurso político a respeito da escolha a ser realizada nas eleições brasileiras no segundo turno, especialmente quando menciona as consequências de um futuro governo “socialista”.
Diante da denúncia, a Justiça deu prazo de 24 horas, após a intimação, para que a empresa comprove o cumprimento das obrigações e advertiu que a conduta descrita pelo MPT tem acontecido em outras regiões do país.
“Segundo o site do canal de televisão CNN Brasil, casos de assédio eleitoral aumentaram quase sete vezes no Brasil. Desse modo, as condutas da ré devem ser imediatamente cessadas para que os trabalhadores tenham restabelecidos os seus direitos ao livre exercício do voto e à manifestação política”, cita a decisão.
Outro lado
A empresa se manifestou sobre o cumprimento da decisão judicial por meio do Facebook.
Fonte: Gazeta Digital