O sonho de uma nação atrás do tricampeonato da América está consumado. Afinal, a exemplo de 2019, na campanha do bi, Gabigol voltou a assumir o protagonismo neste sábado (29) e garantiu a vitória do Flamengo por 1 a 0 sobre o Athletico-PR no Estádio Monumental, em Guayaquil, no Equador. O atacante entra para a história, se tornando o maior artilheiro brasileiro na Libertadores.

Primeiro tempo, há males que vêm para o bem

O duelo tático prevaleceu sobre a criatividade até os 43 minutos, quando o Furacão teve um jogador expulso. A marcação forte e individual estava inibindo as investidas dos cariocas, principalmente as de Everton Ribeiro e Arrascaeta, e dificultando ao máximo tanto para quem estava com a posse como para quem recebia a bola. Até que o Flamengo passaria por um contratempo que mudou o jogo. Afinal, Filipe Luís sentiu a perna numa dividida com Vitor Roque e repetiu o cenário da final da Libertadores-2021, contra o Palmeiras, quando precisou sair na primeira etapa.

Pedro Henrique faz falta em Ayrton Lucas e, como já tinha cartão amarelo, acabou expulso – Luis Acosta/AFP via Getty Images

Mas há males que vêm para o bem. Se com a ausência do experiente lateral-esquerdo o time perdia na saída de bola, por outro lado ganhava em profundidade com a entrada de Ayrton Lucas. Foi em uma investida dele que Pedro Henrique cometeu falta dura e, como já tinha cartão amarelo, deixou os paranaenses com um a menos. O Flamengo aproveitou. Depois de tirar tinta da trave com João Gomes, aos 45, coube a Gabigol se posicionar muito bem para completar, na segunda trave, cruzamento e ratificar a condição de iluminado em finais. Mérito também para Ribeiro, que encontrou solução para a marcação encaixada.

Segundo tempo, consistência do Fla e mão na taça

A tendência era a de que depois da expulsão, Arrascaeta tivesse mais liberdade, já que Hugo Moura não conseguiria manter a marcação individual no uruguaio. Mas Felipão, precisando arriscar, sacou o volante e ainda trocou toda a linha de ataque. Assim, viu seu time ceder espaços. Aos 30, Ribeiro puxou contragolpe de dois contra um com Gabigol, mas errou na virada para Pedro. Arrascaeta também desperdiçou grande chance em cruzamento de Rodinei.

Final em Guayaquil teve marcação forte e individual pelos paranaenses – Marcelo Cortes / Flamengo

O Furacão foi valente. Em chute de Terans e rebote de Santos, Canobbio caiu após disputa com Ayrton Lucas. Mas o árbitro mandou seguir. Nos últimos minutos, nem no abafa e com bolas na área o Athletico-PR conseguiu algo. O Flamengo, firme na defesa, se comportou muito bem. Assim, venceu o time de maior qualidade. Parabéns, Mengão! (Jogada 10)