Jornalistas elegem o maior jogo da história das Copas do Mundo; veja os votos

Ao todo, 18 partidas foram lembradas. A primeira colocada de cada lista levava três pontos, a segunda dois, e a terceira um. Em caso de empate, leva a melhor o jogo que foi mais citado no topo do pódio. O critério para as repostas ficava a cargo dos entrevistados

• Oito finais foram citadas, além de quatro jogos de semifinal, três de quartas de final e três de fases de grupos.
• Das 18 partidas, 10 envolvem o Brasil, com sete vitórias e três derrotas. Das finais vencidas, apenas a de 1962, contra a Tchecoslováquia, não foi lembrada.
• A edição mais representada na lista é a Copa de 1970, com três jogos. Ela é seguida por 1954, 1982, 1986, 1994 e 2010, com dois cada.
• Edições que não tiveram jogos citados: 1930, 1934, 1938, 1962, 1966, 1974, 1978, 1990, 2006 e 2018.

A decisão que rendeu aos argentinos o segundo título de Copa do Mundo, coroando grande torneio de Maradona. No Estádio Azteca, no México, Brown e Valdano abriram boa vantagem para a Argentina, mas Rummenigge e Völler deixaram tudo igual. Aos 39 da segunda etapa, Burruchaga deu números finais ao jogo.

Conhecida como “Noite de Sevilha”, a partida válida pela semifinal contou com quatro gols na prorrogação e muitas reviravoltas. Littbarski abriu o placar para os alemães no tempo normal, e Platini empatou. Trésor e Giresse deram boa vantagem aos franceses no tempo extra, mas Rummenigge e Fischer buscaram nova igualdade. Na disputa por pênaltis, a Alemanha foi a primeira a desperdiçar uma cobrança, mas viu a França errar duas e garantiu vaga na decisão.

Talvez o jogo mais emocionante da história recente das Copas. Jogando no Soccer City, em Joanesburgo, a seleção ganesa abriu o placar com Muntari, viu Forlán deixar tudo igual, e teve na prorrogação uma grande oportunidade para fazer história e se classificar. Luis Suárez salvou uma chance clara adversária defendendo com as mãos em cima da linha, mas Asamoah Gyan desperdiçou a penalidade. Na disputa por pênaltis, os uruguaios levaram a melhor, com direito a cavadinha de Loco Abreu, e avançaram para a semifinal.

No ano do tetra, o Brasil abriu dois gols de diferença contra a Holanda nas quartas de final em Dallas, nos Estados Unidos. Romário e Bebeto, com a famosa comemoração “embala neném”, pareciam dar vida tranquila aos comandados de Parreira, mas Bergkamp e Winter empataram pouco depois. Aos 36 minutos da etapa final, Branco fez bonito cobrando falta e deu a classificação aos brasileiros.

6º lugar: Uruguai 2 x 1 Brasil (1950) – 13 pontos

A primeira grande frustração brasileira jogando em casa em Copas do Mundo ficou conhecida como “Maracanazzo”. O jogo não era exatamente uma final, mas as equipes chegaram na última rodada do quadrangular decisivo brigando pela taça. Jogando pelo empate, o Brasil abriu o placar com Friaça, mas viu Schiaffino e Ghiggia marcaram os gols que deram o bicampeonato ao Uruguai.

A derrota brasileira em jogo válido pela segunda fase – e que valia uma vaga na semifinal – ficou conhecida como “Tragédia de Sarriá”, por conta do nome do estádio onde a partida foi disputada, em Barcelona. Paolo Rossi, que seria artilheiro e craque daquela Copa, foi o grande carrasco e fez os três gols italianos. Sócrates e Falcão marcaram para o Brasil de Telê Santana, que voltou para casa precocemente.

A semifinal da primeira Copa disputada no México ficou conhecida como “Jogo do Século” não foi à toa: nada menos que cinco gols foram marcados na prorrogação. No tempo normal, Boninsegna abriu o placar para os italianos, mas Schnellinger empatou nos acréscimos da etapa final. Gerd Müller virou para a então Alemanha Ocidental, mas viu Burgnich e Riva deixarem a Itália em vantagem novamente. Müller chegou a deixa tudo igual de novo, mas Rivera fez o gol que levou a Azzurra para a decisão.

Num Estádio Azteca com segurança reforçada por conta de uma rivalidade que tinha a Guerra das Malvinas como ingrediente, a Argentina levou a melhor nas quartas de final com uma atuação memorável de Maradona. O camisa 10 abriu o placar fazendo um gol de mão (eternizado como “La Mano de Dios”) e ampliou numa linda jogada individual. Gary Lineker descontou para a Inglaterra, mas os argentinos seguiram rumo ao segundo título mundial.

Uma goleada épica e muito dolorosa para a seleção brasileira, que jogava em casa, no Mineirão. Sem Neymar, seu principal craque, o time comandado por Felipão sucumbiu diante da Alemanha de Joachiw Löw na semifinal. Thomas Müller, Klose – tornando-se o maior artilheiro das história das Copas -, Kroos (duas vezes), Khedira e Schürlle (duas vezes) fizeram da seleção que ficaria com o título dias depois. Oscar descontou perto do fim.

A final disputada no Estádio Azteca, na Cidade do México, definia qual seleção seria a primeira tricampeã mundial. O esquadrão brasileiro, comandado por Zagallo, levou a melhor. Pelé abriu o placar, mas Boninsegna empatou ainda no primeiro tempo. Na etapa final, Gérson, Jairzinho e Carlos Alberto Torres construíram a goleada.

Os outros jogos lembrados:

• Brasil 0 (3) x (2) 0 Itália (1994) – 5 pontos
• Brasil 2 x 0 Alemanha (2002) – 5 pontos
• Brasil 5 x 2 Suécia (1958) – 5 pontos
• Alemanha 3 x 2 Hungria (1954) – 3 pontos
• Brasil 1 (4) x (2) 1 Holanda (1998) – 2 pontos
• Espanha 1 x 0 Holanda (2010) – 2 pontos
• Hungria 8 x 3 Alemanha (1954) – 2 pontos
• Brasil 1 x 0 Inglaterra (1970) – 1 ponto