Acusada de matar o marido, a empresária Ana Claudia Flor disse que foi coagida a pagar R$ 30 mil aos executores de Toni Flor. Durante julgamento nesta segunda-feira (17) ela negou que tenha partido dela a ordem para executá-lo. O casal supostamente tinha um pacto para matarem um ao outro em caso de traição.

“Eu não dei a ordem para matar o Toni, eu não dei ordem de nada, eu disse que não tinha dinheiro para pagar e voltei com o Tony”, explicou.

À época, o empresário morto tinha descoberto casos de infidelidade da esposa, mas segundo o Ministério Público, o objetivo de Ana Cláudia era, na realidade, ficar com os bens do casal. Durante o trâmite do processo, ela chegou a alegar que temia pela própria vida.

O crime foi cometido com a ajuda de mais quatro pessoas que chegaram até a empresária por intermédio de uma manicure que também virou réu no caso.
Ana Cláudia foi denunciada por homicídio qualificado por motivo torpe, por dificultar a defesa da vítima, ser contra o cônjuge e por concurso de agentes.

Toni foi morto em agosto de 2020, quando chegava à academia. O empresário foi alvejado com diversos disparos. Antes de ser morto, Toni teria anunciado a Ana Cláudia a intenção de se separar, o que, segundo o Ministério Público, motivou nela o receio de perder o padrão de vida que levava junto ao marido.

Durante o julgamento, Ana Cláudia também negou que tivesse um padrão de vida alto durante o casamento. Ela disse ter sido ameaçada pelos demais réus a pagar R$ 30 mil, mesmo sem ter dado a ordem para a execução.

“Eu paguei R$ 30 mil mediante ameaça meses depois. Primeiro eu juntei o dinheiro porque nós nunca ganhamos R$ 100 mil por mês”, concluiu.

Fonte: HiperNotícias