Vice-presidente Regional do MDB, a deputada estadual Janaina Riva disse que o diretório nacional da sigla acertou ao liberar os filiados a apoiarem qualquer um dos dois nomes postos para o segundo turno da eleição.
A disputa, que ocorre no próximo dia 30 de outubro, está entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL). No primeiro turno, o MDB lançou a senadora por Mato Grosso do Sul Simone Tebet, que no segundo anunciou apoio a Lula.
Janaina foi contra o lançamento da candidatura de Tebet e apoiou o atual presidente no primeiro turno. Ela, no entanto, elogiou o desempenho da senadora.
“A posição da Simone tem que ser respeitada. Eu não a apoiei e não posso exigir dela nenhum tipo de direcionamento político. Achei que ela saiu grande do debate. O partido acerta [ao liberar filiados], porque sofreu muita pressão para abraçar a candidatura do Lula”, disse.
“Ao mesmo tempo, temos deputados federais – como o Juarez Costa – que estão muito ligados ao Bolsonaro. O partido fez bem, qualquer decisão que o partido tomasse não contentaria a maioria. Alias, com a candidatura da Simone também não contentou”, completou.
Na análise de Janaina, a não liberação dos filiados para apoiar quem bem entendessem frustrou as metas do partido. A sigla elegeu 42 deputados federais, cinco a mais do que possui atualmente. Ocorre que a pretensão era chegar a 50 cadeiras.
“Hoje mesmo, eu vi uma entrevista do [senador] Renan Calheiros, e ele falava sobre o partido ter escolhido apoiar a Simone, o prejuízo que isso que teve na bancada. Porque todo mundo apostou que não haveria mais polarização. E houve. Teve um prejuízo para bancada”, disse.
Apoio a Bolsonaro
Janaina anunciou que vai continuar apoiando o presidente no segundo turno. Para ela, a reeleição de Bolsonaro é fundamental para o exercício de mandato do seu sogro, o senador Wellington Fagundes (PL), e que tem como líder do grupo político que integra.
“Para gente é mais importante que nunca [a reeleição de Bolsonaro]. Ainda mais com o senador Wellington reeleito, que é o líder do grupo político do qual eu faço parte, com quase 900 mil votos”.
“Eu tenho convicção de que se o presidente Bolsonaro for reeleito, com a votação que ele teve em Mato Grosso, o cenário será positivo para o Estado”, completou.
Fonte: MidiaNews