O superintendente da Polícia Federal em Mato Grosso, delegado Sérgio Sadao Mori, orientou aos eleitores mato-grossenses prestarem atenção para que não cometam crimes de boca de urna durante o dia das eleições, que acontecem neste domingo (2). Reforçou ainda que quando houver dúvidas sobre notícias falsas propagadas nas redes sociais, a população deve comparecer à delegacia.

Durante o lançamento da “Operação Eleições 2022”, que ocorreu na quinta-feira (29), o superintendente pediu para que os eleitores evitem aglomerações nos pontos de votação.

Segundo a autoridade policial, tal atitude poderia ser interpretada como ato de campanha.

“Os eleitores tem que prestar atenção para não fazer atos de campanha. Ele ir portando uma camiseta, mas ficar em silêncio. Manifestar a preferência dele em silêncio através de um broche, um adesivo ou uma camiseta, não tem problema. Mas ele não pode, de forma alguma, fazer campanha, falar em favor do candidato. E não pode fazer aglomeração. Então, se for visto um grande número de pessoas vestindo a mesma camiseta, pode ser interpretado como ato de campanha, uma boca de urna e a pessoa, ser conduzida até a Polícia Federal ou a Polícia Civil, dependendo da localidade.”, afirmou o delegado.

O superintendente reforçou ainda que as notícias recebidas por meio de redes sociais devem ser analisadas pela população com paciência para que evitem a propagação de ‘fake news’. Sérgio reforçou que, caso haja dúvida sobre a propagação de notícias falsas durante as eleições, a população deve comparecer à delegacia para que uma investigação seja aberta.

Foi pontuado ainda que as forças de segurança conseguirão atuar rapidamente no dia das eleições para impedir que as f’ake news’ sejam propagadas, podendo ocorrer eventuais prisões durante o domingo.

“Então, ninguém deve fazer isso (fake news). A população pode ao menos averiguar sobre uma informação ali compartilhada na rede social para ver se é algum indício de fake news. Primeiro, se tiver com cunho eleitoral, já está errado. Esse não é o meio correto de fazer campanha. A pessoa que você nem conhece ficar mandando pra você material. E a pessoa, na dúvida, deve procurar uma delegacia de polícia mais próxima, levando o celular e mostrando que ela recebeu, tirando um print da tela e da postagem constando o número que enviou, que a polícia vai tratar de fazer investigação pra ver se se trata de um crime comum, se trata de um crime eleitoral”, finalizou.

DENÚNCIA RÁPIDA

Para o dia das eleições, a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) criou um acesso rápido ao canal de denúncias de crimes eleitorais. O novo mecanismo pode ser acessado por meio do link até segunda-feira (3). Após esse período, o dispositivo permanecerá na página como parte do serviço E-denúncias.

Ao acessar o endereço, o cidadão encontrará um pop-up (janela) que o direcionará ao formulário de registro da queixa.  Para facilitar e agilizar a apuração, ação policial e outras medidas de repressão, é importante detalhar o máximo possível a denúncia apontando, entre outras informações, local, tipo de crime, nomes.

O denunciante não precisa se identificar, a instituição garante sigilo absoluto aos eleitores.

Fonte: HiperNotícias