O presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), desembargador Carlos Alberto da Rocha, explicou que os votos no candidato ao Senado Neri Geller (PP), neste domingo (2) de eleição, serão computados pela Justiça Eleitoral como nulos.

Isso ocorre porque o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou o registro de candidatura de Neri nesta quinta-feira (29).

O presidente explicou que o nome e foto do candidato vão aparecer nas urnas, no entanto, na apuração dos resultados, a Justiça Eleitoral o colocará no bojo de votos “nulos”.

“Ele continua como candidato porque não tem como retirar o nome dele da urna, mas temos a regra dizendo: ‘os votos dele é nulo’. […] Se você clicar 111, que é o numero dele, terá a quantidade de votos […]. Esses votos serão computados como nulos”, afirmou o presidente.

A manutenção do nome, foto e número de Neri na urna eletrônica se dá porque o fechamento das urnas – que inclui as informações das candidaturas – se deu na semana do dia 20 de setembro.

“Quando foram lacradas as urnas e todo seu conteúdo, ninguém mais mexe nela. E os nomes de todos os candidatos estão inseridos lá. Então, o nome desse candidato, Neri, continuará na urna normalmente, sem ninguém poder retirá-lo de lá. E os votos dele? Os votos dele serão computados como nulos”, disse.

Ocorre que o candidato ao Senado já anunciou no início desta manhã que irá recorrer da decisão da Corte Eleitoral. Questionado sobre uma possível mudança de cenário com o recurso judicial, Carlos Alberto explicou que ainda não há decisão sobre o recurso.

“É um direito do candidato recorrer. A Constituição permite e ele terá o direito de recorrer. Mas o que importa para nós da Justiça Eleitoral, que não tem qualquer outra ordem ou decisão, é que no dia da eleição na totalização, esses votos serão computados como nulos”.

“Se ele vier, depois, obter sucesso em um eventual recurso, é outro problema. Mas no domingo, na hora da totalização, se não houver nenhuma decisão contrária, os votos dele serão computados como nulos”, reforçou.

 

Neri cassado

O indeferimento do registro é consequência de uma decisão do próprio TSE, que havia cassado o mandato de Neri por abuso de poder econômico em 2018, tornando-o inelegível.

Em nota, Neri afirmou que tem sido alvo de “forças ocultas” e que vai recorrer.

Fonte: MidiaNews