O candidato bolsonarista ao Senado Antonio Galvan (PTB) se tornou alvo preferido do senador e candidato à reeleição Wellington Fagundes (PL). Incomodado com o crescimento do principal apoiador do presidente Jair Bolsonaro na corrida pela vaga de senador, Wellington entrou com seis ações na Justiça contra Galvan, sendo que a principal delas é para impedir o petebista de usar a imagem e pedir voto para o presidente da República.
Além de tentar sem sucesso impedir o uso da imagem do presidente Bolsonaro, Fagundes entrou com ações para suspender a propaganda eleitoral de Galvan que relembrava a ligação do senador do PL com a esquerda, principalmente com os ex-presidentes do PT, Lula e Dilma Rousseff, e do seu envolvimento com supostos casos de corrupção ao longo de seus mandatos de deputado federal e senador.
Autorizado pela Justiça, Galvan pode usar a imagem e pedir voto para o presidente Bolsonaro em sua propaganda eleitoral na tv e na rádio. Para ele, as ações de Wellington prejudicam a reeleição do presidente. Além disso, Galvan frisa que citar o passado do candidato à reeleição pelo PL é dever, pois a população precisa ter informada sobre os casos de corrupção que o Fagundes é suspeito de participação.
“É a história dele, pediu voto pro Lula, para Dilma e para Fernando Haddad. Em 2018, Bolsonaro era candidato e Wellington Fagundes não estava do nosso lado, ele sempre esteve ao lado da esquerda”, destaca Galvan, que é presidente licenciado da Aprosoja Brasil e líder do Movimento Brasil, Verde e Amarelo.
Sobre as denúncias de corrupção envolvendo Wellington, o candidato a senador pelo PTB lamenta a falta de esclarecimento do liberal sobre o suposto esquema de recebimento de propina denunciado por outro candidato ao Senado e sobre o envolvimento no escândalo dos Sanguessugas, que estourou em 2006 devido à descoberta de uma quadrilha que tinha como objetivo desviar dinheiro público destinado à compra de ambulâncias públicas.
“É lamentável o uso da propaganda eleitoral para mentir para o cidadão mato-grossense. O candidato Wellington, mais conhecido como o candidato melancia, precisa esclarecer as acusações do suposto recebimento de propina em uma caixa de vinho e outras situações em que ele é citado. Ele usa o presidente Bolsonaro, mas mantém relações estreitas com a esquerda, até vídeo com a candidata a deputada federal do Lula ele gravou”, comenta Galvan.