Um queijo produzido em Mato Grosso, na cidade de Nossa Senhora do Livramento , pelo médico e esteticista Silas Vicente Barbosa Junior, ganhou a medalha de bronze na 2ª edição do Mundial do Queijo do Brasil, competição onde jurados brasileiros e estrangeiros escolhem os melhores queijos de todo o mundo. A competição aconteceu no último fim de semana, do dia 15 a 18 de setembro.
O queijo “mato-grossense” é relativamente novo, Silas conta que iniciou a produção da iguaria em 2020, durante a pandemia da Covid-19, para não desperdiçar o leite produzido na fazenda:
“Sou médico, trabalho com estética, e durante a pandemia ficaram proibidos procedimentos eletivos. Por isso fiquei 8 meses morando na fazenda. La na fazenda eram produzidos diariamente 350 litros de leite que eram vendidos a produtores de queijo e doce de leite na região, mas com a pandemia as feiras livres acabaram e sem ter onde vender eles também pararam de comprar meu leite.” relembra o médico.
Inicialmente , o queijo seria “frescal”, o mais comum, mas com a dificuldades de “saídas” provocada pela crise financeira alternaram a fabricação, fazendo um queijo com maior durabilidade.
“Não conseguíamos vender tudo o que produzíamos. Logo veio a ideia de fazer um queijo curado, que poderia ficar “curando” sem a necessidade de venda imediata. Foi aí que comecei a pesquisar e estudar receitas de queijos de cura longa, a principio o queijo parmesão. Observando um bom resultado nos primeiros queijos, comecei a fazer cursos online e a produzir outros tipos de queijo, fazendo testes e mudando aos poucos as receitas, buscando sempre um produto de melhor qualidade.”.
O sucesso das vendas e da fabricação fez com que Silas buscasse conhecimento sobre o ramo, a partir daí o queijo que levou a terceira colocação na competição mundial viria a “surgir” denominado “Diamante da Cartucheira” tornou-se o carro chefe da produção e dos clientes.
“Me vi diante de um desafio, minha esposa me pediu pra fazer um queijo de origem francesa pra ela, um Brie que era o queijo de sua preferência.
Após 4 meses de pesquisas e estudos nasceu o queijo Diamante da Cartucheira, um queijo tipo Brie, que desde o inicio foi sucesso em vendas e se tornou o nosso principal produto.”
Conforme as vendas e fama do “diamante” iam espalhando pela cidade, a instigação do médico esteticista no ramo fez com que fornecedores dos fermentos importados o incentivassem a participar do concurso mundial, que viria acontecer em São Paulo.
A 2ª edição do Mundial do Queijo do Brasil reunindo 1580 queijos mundiais feitos por produtores artesanais e industriais. Entre eles queijos ingleses, franceses, italianos, holandeses, suíços, que são considerados os melhores queijos do mundo, além queijos da américa do norte, central e toda américa do sul. Porém, engana-se quem acha que Silas se intimidou.
“Como era no Brasil era mais fácil pra gente. Aqui em Cuiabá o queijo já era sucesso absoluto, mas queríamos ser avaliados por quem realmente entendia de queijo. Perante uma plateia multidisciplinar, composta por produtores, someliers, cheffs e especialistas na comercialização de queijos de diversos resolvemos participar.”
O resultado da participação está estampada em diversas fotos tiradas pelo médico e a esposa, Larissa Berte, responsável pela comercialização, tiraram durante a competição. O “diamante” rendeu a medalha de bronze, além do título inédito do primeiro queijo mato-grossense em um concurso internacional a receber medalha.
“Na verdade foi surpresa pra nos a medalha, não por duvidar do meu produto, mas pelo altíssimo nível de um concurso tão grande, e pelo desafio de apresentar um produto tipicamente de origem francesa pra jurados europeus.”
Se você ficou com água na boca e deseja provar o “Diamante”, já anota aí na agenda que do dia 06 de outubro a 08 de outubro, no Shopping Estação, das 18h às 22h, a Quinta da Cartucheira, participará de uma feira “Sabores do Pantanal” e diversos queijos produzidos por Silas estarão disponíveis para degustação. Ou ainda, entrar em contato com o instagram: @quintadacartucheira.