A péssima campanha no Brasileirão, no qual ocupa a 13ª posição, a iminente eliminação na Copa do Brasil – precisa golear o Fla no Maracanã para avançar à final – e o fiasco no primeiro jogo da semifinal da Sul-Americana, superado pelo Atlético-GO por 3 a 1 na noite dessa quinta (1), em Goiânia, deixam o técnico Rogério Ceni em situação de alto risco no Morumbi. O empate contra o Cuiabá neste domingo na Arena Pantanal, onde a equipe apresentou um futebol apático, também contribui. Ele pode ser afastado do cargo nos próximos dias.
O jogo com o Atlético-GO, em crise após a demissão do técnico Jorginho, expôs a fragilidade do goleiro Jandrei, uma aposta de Ceni, e decisões no mínimo duvidosas do treinador do São Paulo. Ele insiste em escalar jogadores pouco eficientes no meio. Além disso, não foi poupado pelos críticos por ter substituído Luciano por Marcos Guilherme no segundo tempo.
Para piorar, Ceni, na entrevista pós-jogo contra o Atlético Goianiense, atribuiu o resultado a questões individuais. Ou seja, transferiu para os atletas a responsabilidade pela derrota. Não se pode realmente isentar Igor Gomes de alguma culpa no fracasso em Goiânia. Foi expulso infantilmente ainda no primeiro tempo. Mas, antes mesmo disso, o São Paulo não demonstrava superioridade sobre o fraco Atlético-GO, o 19º do Brasileirão.
A chance de Ceni continuar no comando do São Paulo vai depender do segundo confronto com os goianos, na semana que vem, no Morumbi. Para acalmar um pouco o ambiente no Tricolor, o time terá que vencer com placar elástico e assim se classificar para a final da Sul-Americana. Se ganhar por diferença de dois gols, a disputa da vaga será nos pênaltis. No caso de eliminação, ele muito provavelmente não resistirá no cargo.