O governador Mauro Mendes (União Brasil) afirmou que o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), foi o principal responsável pelo atraso no início das obras do BRT (ônibus de trânsito rápido).

Apesar disso, Mendes ressaltou que o gestor perdeu todas as tentativas de barrar o modal e que o Supremo Tribunal Federal (STF) repôs a verdade.

“Houveram todos os problemas que foram criados pelo prefeito de Cuiabá. Nenhum deles obteve êxito, todos, literalmente, ele perdeu. O último foi essa medida absurda do TCU, tanto que agora o STF repôs a verdade”, afirmou.

“Quando eu disse que era uma decisão absurda é porque realmente era. Não era de competência do TCU [Tribunal de Contas da União] entrar em um processo de mobilidade quando existe nele a ausência de ente Federal e de dinheiro da União”, acrescentou.

A declaração ocorreu no evento de assinatura do contrato para início das obras do BRT, nesta segunda-feira (29).

Até semana passada, Mendes estava impedido de dar início ao projeto por força de decisão do TCU, que acatou pedido de Emanuel, que solicitou a suspensão de todos os trâmites da obra argumentando na época não ter sido “ouvido”.

Na última sexta-feira (26), o STF derrubou essa decisão e liberou, liminarmente, o início das obras.

 

“Incidente de percurso”

Mendes comemorou a decisão do STF e agradeceu a equipe que trabalhou para tonar possível a construção do BRT em Cuiabá e Várzea Grande.

O governador ainda relembrou os estudos que foram feitos em 2018 e que mostram que o novo modal será melhor às cidades, em comparação ao VLT que, segundo ele, gastaria o dobro para ser concluído.

“O problema é que um custaria mais que o dobro e talvez demorasse longos anos para sanear um imbróglio jurídico criado pela rescisão”, afirmou.

“Essa obra é 100% financiada com dinheiro do Governo do Estado. Então, nós tivemos esse incidente de percurso, Graças a Deus, superado”, concluiu.

 

Início das obras

As obras do BRT (ônibus de trânsito rápido) na Grande Cuiabá deverão ter início em fevereiro do ano que vem, partindo da Avenida da FEB, em Várzea Grande.

O Consórcio Construtor BRT Cuiabá, liderado pela empresa Nova Engevix, foi o vencedor da licitação, realizada no mês de março. Ao todo, a obra de mobilidade é orçada em R$ 468 milhões.

Assim que finalizado o trecho de Várzea Grande, o consócio dará seguimento às outras quase fases da operação. Sendo a segunda na Avenida Historiador Rubens de Mendonça (do CPA); a terceira na Avenida Fernando Correa com a Avenida Coronel Escolátisco; a quarta fase, que engloba a Avenida Tenente Coronel Duarte (Prainha) e Avenida 15 de Novembro, tendo fim na quinta fase, que será um entroncamento na Avenida Getúlio Vargas e na Avenida Isaac Póvoas.

O secretário-adjunto da Secretaria de Estado de Infraestrutura, Rafael Detoni tem a estimativa de que a tarifa entre do novo modal seja próxima a já praticada pelo transporte coletivo tradicional em Cuiabá e Várzea Grande, que atualmente é de R$ 4,95.