O presidente do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed-MT), Adeildo Lucena, criticou a condução do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), na gestão da Saúde. Para ele, não há nada de humanizado no tratamento ao setor.

“Desta gestão, não estou vendo nada de humanizada. Nem em relação ao tratamento com os funcionários e principalmente com a assistência para as pessoas que buscam ajuda do Sistema Único de Saúde (SUS)”, disse.

A declaração foi feita durante uma coletiva de imprensa, na última semana, em que o sindicato pediu intervenção do Estado na Secretaria Municipal de Saúde Municipal e na Empresa Cuiabana de Saúde Pública.

Em uma representação encaminhada ao Ministério Público Estadual (MPE), o sindicato expôs a situação precária dos médicos terceirizados da Saúde de Cuiabá. Os relatos vão de atraso salarial de meses, contratos irregulares, até assédio moral em ambiente de trabalho.

O presidente, além de denunciar a falta de assistência, acusou a Prefeitura de tentar “pejotizar” as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e Policlínicas da cidade. O termo é utilizado para descrever o ato de manter empregados através de contratados.

“Tem sido jogado para a comissão de elaboração do concurso a responsabilidade de um interesse da gestão, que é pejotizar as UPAs e Policlínicas. Isso não é certo, para mim é fraqueza de caráter”, disse Lucena.

“Isso repercute lá na ponta quando uma criança vai em uma UPA, policlínica e volta, porque não tem pediatra. Quando não tem um eletrocardiograma e a pessoa precisa ser transferida e morre por não poder fazer um simples eletrocardiograma”, acrescentou.

 

Sem confiança

Lucena ainda afirmou estar “assustado” com a forma que a Secretaria de Saúde tem dado mais valor às terceirizadas do que à própria população, utilizando a Pasta para fins políticos.

Ele ainda declarou não ter mais confiança em Emanuel, que se dispôs a resolver os problemas dos profissionais de saúde, mas no final não cumpriu com a palavra.

“Vou lá, sento com o prefeito, somos bem recebidos, mostrou interesse para conversar e pouco tempo depois me tira 200 vagas dos médicos. Isso para mim é má intenção”, concluiu.

Fonte: MidiaNews