Não estranhei a renúncia do senador Carlos Fávaro (PSD) à disputa ao governo de Mato Grosso, tendo como adversário o candidato que ele sabe que é imbatível: Mauro Mendes, do União Brasil.
Em seu lugar entrou Márcia Pinheiro (PV), ciente dessa realidade que lhe é adversa, tenta uma estratégia quase suicida, baseada no autoengano.
Márcia é esposa do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, que ficou famoso com o ‘vídeo do paletó’. Ela foi alvo da Operação Capistrum e proibida pela justiça de frequentar a prefeitura. Segundo o Ministério Público, a primeira-dama comandava um gabinete paralelo e tinha participação ativa no esquema de compra e manutenção de apoio político por meio de contratações temporárias e da concessão irregular do prêmio saúde.
Márcia sabe que, na campanha eleitoral, será questionada sobre as acusações do Ministério Público. Além disso, é desconhecida dos eleitores fora do eixo VG/Cuiabá. Com essa carga negativa, pretende convencer os mato-grossenses a deixarem de lado um gestor que tirou o Estado do vermelho, investiu em infraestrutura e promoveu avanços na área da Saúde, com a construção de hospitais e efetiva atuação durante a pandemia do coronavírus.
Somente o sentimento de autoengano justifica o atual jogo de cena em torno das próximas eleições em Mato Grosso.
*CÍCERO HENRIQUE DE OLIVEIRA SOUZA é jornaista em Mato Grosso e diretor do Portal de Notícais CALDEIRÃO POLÍTICO
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