Em uma rodada difícil, com clássicos e equipes de níveis técnicos muito próximos, o Cuiabá é o maior favorito da rodada, com potencial de 47,8% para derrotar o Juventude, maior zebra da rodada com 19% de chances de vitória. Depois dele, Flamengo e Goiás têm as maiores probabilidades de conquistar os três pontos, respectivamente com 47,5% e 42,6%.
Em parceria com o economista Bruno Imaizumi, analisamos 88.889 finalizações cadastradas pelo Espião Estatístico em 3.629 jogos de Brasileirões desde a edição de 2013 que servem de parâmetro para medir a produtividade atual das equipes a partir da expectativa de gol (xG), métrica consolidada internacionalmente (veja a metodologia no final do texto).
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*Devido aos arredondamentos, a soma das probabilidades é diferente de 100% — Foto: Espião Estatístico
Favorito >> Goiás
As duas equipes vêm de resultados difíceis, com aproveitamento inferior a 30% nos últimos seis jogos no agregado dos mandos. O mérito do Goiás é ter a quarta melhor eficiência ofensiva mandante, um gol a cada 8,5 tentativas, apesar de ter a segunda menor média de finalizações por partida (11,1). Há potencial para gol do Goiás a partir de jogada aérea porque a equipe fez sete dos últimos dez gols dessa forma, sem contra pênaltis e faltas diretas, e o Avaí sofreu metade pelo alto e metade por baixo entre os últimos dez gols. Será curioso ver como serão os comportamentos porque o Avaí é o segundo visitante que mais sofre finalizações (18,6), com a sexta menor resistência a elas, um gol sofrido a cada 9,8 conclusões contrárias. Para dificultar ainda mais, o Avaí é o quarto visitante que menos finaliza (9,1), com a segunda pior eficiência, um gol a cada 18,2 tentativas. Mas o Goiás é o mandante que mais sofre finalizações (16,8), com a oitava resistência caseira, um gol sofrido a cada 15,3 conclusões contrárias. O Avaí é o segundo pior visitante do Brasileirão (1 V, 1 E, 8 D, 13%). O Goiás é o 13º mandante (4 V, 4 E, 2 D, 53%).
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— Foto: Espião Estatístico
Favorito >> Palmeiras
Pela Série A com mando do Corinthians, nos últimos três jogos houve uma vitória para cada lado e um empate. Nos quatro jogos anteriores, duas vitórias para cada um. O retrospecto é equilibrado desde 2006, com sete vitórias do Corinthians e cinco do Palmeiras, além de dois empates. Agora, o Corinthians é o melhor mandante do Brasileirão e a única equipe ainda invicta em casa (7 V, 3 E, 0 D, 80%). Mas o Palmeiras é o melhor visitante e único forasteiro que não perdeu (6 V, 4 E, 0 D, 73%). Quando mandante, o Corinthians fez um gol a cada 8,9 tentativas, sexta eficiência com mando, e a menor produtividade caseira, média de 10,7 tentativas por partida. É de se esperar que o Corinthians levante a bola sobre a área do Palmeiras porque fez sete dos últimos dez gols a partir de jogadas aéreas, e o Palmeiras levou seis dos últimos dez gols dessa forma. O Palmeiras tentará impedir que a bola suba e é o segundo visitante que menos permite finalizações a mandantes (11,8), além de ser o visitante mais resistente a finalizações, um gol sofrido a cada 23,6 conclusões contrárias. O Corinthians é o mandante mais resistente a pressões, com um gol sofrido a cada 35,0 conclusões contrárias e média de 10,5 finalizações sofridas por partida, sexta melhor marca. A tendência é que seja muito testada essa resistência porque o Palmeiras é o visitante que mais finaliza (15,9), com a nona eficiência, um gol a cada 11,4 tentativas. É jogo para muitos desarmes, muita pressão. O Palmeiras fez nove dos últimos dez gols em jogadas rasteiras, e Corinthians sofreu seis dos últimos dez assim, sem contar pênaltis e faltas diretas.
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— Foto: Espião Estatístico
Favorito >> Cuiabá
Outro confronto entre duas equipes que conquistaram menos de 30% dos pontos nos últimos seis jogos disputados no agregado dos mandos, com apenas uma vitória cada um. O Cuiabá é empatado com Botafogo e Ceará o terceiro pior mandante (2 V, 5 E, 3 D, 37%); o Juventude, o quarto pior visitante (1 V, 4 E, 5 D, 23%). Será interessante acompanhar a partida porque o Cuiabá fez e sofreu sete dos últimos dez gols em jogadas rasteiras, e o Juventude fez oito e sofreu sete dos últimos dez gols a partir de jogadas aéreas, sem contar pênaltis e faltas diretas. Outra curiosidade é que são dois times que sofreram muitos gols em contra-ataques (cinco e seis, respectivamente), mas marcaram poucos gols assim (um cada um). Também são duas das três equipes com pior eficiência ofensiva no agregado dos mandos, o Cuiabá com um gol a cada 16 tentativas, e o Juventude, a cada 17. O Cuiabá tem o menor percentual de finalizações certas (27,9%); o Juventude, o 12º (33,7%).
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— Foto: Espião Estatístico
Favorito >> Botafogo
O Botafogo é o terceiro pior mandante (3 V, 2 E, 5 D, 37%), e o Atlético-GO, o terceiro pior visitante (1 V, 3 E, 6 D, 20%), mas os bons resultados nas copas Sul-Americana (semifinalista) e do Brasil e indicam se tratar de falta de foco do time goiano: após vencer o jogo de ida por 2 a 0, volta a enfrentar o Corinthians na quarta-feira pelas quartas de final da copa nacional. As duas equipes marcaram seis dos últimos dez gols a partir de jogadas aéreas, e o Atlético-GO levou metade dos últimos dez gols pelo alto e metade por baixo. Já o Botafogo sofreu sete dos últimos dez gols em jogadas rasteiras. Há um potencial maior para gol do Botafogo usando bola alta. As duas equipes já levaram cinco gols em contra-ataques (sextas piores marcas), e o Atlético-GO tem seis gols marcados assim, segunda maior marca, três quando visitante. O Botafogo fez dois, um em casa. O Botafogo tem a quinta pior eficiência ofensiva mandante, com um gol a cada 13,6 finalizações, com a mesma média de conclusões por jogo (14ª marca). O Atlético-GO tem a menor resistência visitante, com um gol sofrido a cada 7,4 conclusões contrárias, e média de 15,6 finalizações sofridas por jogo (14ª marca). No ataque, o Atlético-GO tem a sexta menor eficiência ofensiva, um gol a cada 13,8 tentativas, e média de 11,0 finalizações por jogo. O Botafogo tem a sexta menor resistência defensiva, com um gol sofrido a cada 10,1 conclusões contrárias, e média de 11,1 finalizações sofridas por partida, 12ª marca.
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— Foto: Espião Estatístico
Favorito >> Atlético-MG
O Coritiba é dominante quando recebe o Atlético-MG, com seis vitórias contra três derrotas em dez jogos pela Série A de 2006 em diante. Agora, o Coritiba está com a sétima campanha mandante (6 V, 2 E, 3 D, 61%); o Atlético-MG, com a quarta melhor visitante (3 V, 5 E, 2 D, 47%). É um jogo para ficar ligado nos contra-ataques: as duas equipes sofreram sete gols dessa forma, piores marcas defensivas. O Atlético-MG fez três gols em contragolpes, um quando visitante, e o Coritiba é o time que mais fez finalizações assim (52) e o quinto que mais fez desses gols (cinco, sendo dois quando mandante). O Coritiba tem a 11ª média mandante de finalizações (14,3), com a 12ª eficiência, um gol a cada 10,5 tentativas. Embora o Atlético-MG seja o visitante que menos sofra finalizações (11,3), tem a quinta menor resistência a elas, um gol sofrido a cada 8,7 conclusões contrárias. No ataque, o Atlético-MG é o terceiro visitante que mais finaliza (14,3), mas tem a 11ª eficiência forasteira, um gol a cada 13,0 tentativas. O Coritiba é o quarto mandante que mais sofre finalizações (12,8), mas tem a décima resistência a elas, um gol sofrido por jogo ou um a cada 12,8 conclusões contrárias. Como mostra a linha vermelha do gráfico de xG, vem subindo a capacidade do Coritiba de neutralizar o nível de ameaça dos adversários, que ainda é maior que um gol por partida.
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*Devido aos arredondamentos, a soma das probabilidades é diferente de 100% — Foto: Espião Estatístico
Favorito >> Flamengo
Ainda que preservem atletas para o meio de semana, a partida tem potencial para ser um jogaço: o Flamengo é o segundo melhor mandante (7 V, 1 E, 2 D, 73%), e o Athletico-PR, o terceiro melhor visitante (5 V, 1 E, 5 D, 48%), com um ponto à frente do Flamengo na classificação do Brasileirão. Pela Série A, com este mando, o Flamengo venceu seis dos últimos sete confrontos contra o Athletico-PR e só perdeu um. Agora, a produtividade do Flamengo está tão alta que obrigou a alteração do gráfico de xG: é a única equipe com nível de ameaça superior a três gols por partida (3,3), como mostra a linha preta, mais que o dobro do que faz o Athletico-PR no ataque. O Flamengo tem a quarta maior média caseira de finalizações (16,9) e a terceira maior eficiência mandante, um gol a cada 8,5 tentativas. O Athletico-PR é o quinto visitante mais resistente a pressões, um gol a cada 13,2 conclusões contrárias, embora seja o quarto que mais sofra finalizações (16,8), um problemaço contra uma equipe eficaz como a do Flamengo. No ataque, o Athletico-PR é o oitavo visitante em finalizações (11,6), com a quinta maior eficiência, um gol a cada 10,7 tentativas. A equipe paranaense fez seis dos últimos dez gols usando bolas aéreas, e o Flamengo sofreu sete dos últimos dez assim, sem contar pênaltis e faltas diretas. Há potencial para gol paranaense pelo alto, embora o Flamengo seja o segundo mandante que menos permita finalizações (9,0), com a terceira maior resistência a elas, um gol sofrido a cada 18,0 conclusões contrárias. O Flamengo fez seis dos últimos dez gols usando bolas rasteiras, mas o Athletico-PR sofreu seis dos últimos dez pelo alto.
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*Devido aos arredondamentos, a soma das probabilidades é diferente de 100% — Foto: Espião Estatístico
Favorito >> São Paulo
Jogo com grande potencial de gol a partir de jogada aérea: o São Paulo fez seis e sofreu oito dos últimos dez gols dessa forma, e o Bragantino fez sete e levou seis dos últimos dez gols assim. O São Paulo tem a quinta maior eficiência mandante, um gol a cada 8,7 tentativas, com a nona média de finalizações (14,8). O Bragantino tem a 12ª resistência visitante, um gol a cada 9,9 conclusões contrárias, com a 13ª média de finalizações sofridas (14,9). No ataque, o Bragantino é o terceiro visitante que mais finaliza (14,3), com a sétima eficiência, um gol a cada 11,0 tentativas. o São Paulo tem a terceira menor resistência caseira, um gol sofrido a cada 8,2 conclusões contrárias, com a nona média de finalizações sofridas (10,6). O São Paulo é o 13º mandante (4 V, 4 E, 2 D, 53%), e o Bragantino, o 11º visitante (2 V, 4 E, 4 D, 33%). Como mostra a linha preta do gráfico de xG, depois de um ápice na reta final do primeiro turno, o nível de ameaça do ataque do Bragantino caiu para praticamente a metade, com o potencial de 3,0 gols marcados indo para 1,7 gol por jogo.
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— Foto: Espião Estatístico
Favorito >> Fortaleza
Um confronto difícil: o Ceará acaba de ser eliminado da Copa Sul-Americana, na qual fazia excelente campanha, e agora só tem o Brasileirão pela frente. O Fortaleza, depois de perder em casa por 1 a 0, fará na próxima quarta-feira o jogo de volta, contra o Fluminense, pelas quartas de final da Copa do Brasil. No Brasileirão, vem de duas vitórias seguidas e se vencer novamente tem possibilidade de deixar a zona do rebaixamento pela primeira vez desde a segunda rodada. Nos últimos seis jogos por qualquer competição, tem melhor desempenho do que o Ceará, que, no entanto, venceu os três clássicos em que foi mandante pela Série A de 2006 para cá. Ambos jogam no mesmo estádio, mas o Ceará tem 70% dos ingressos. No primeiro turno, o Ceará venceu (1 a 0). O Fortaleza tem a sexta maior média de finalizações (13,9) no agregado dos mandos, mas a quarta pior eficiência, um gol a cada 15,4 tentativas. O Ceará é o 13º em finalizações sofridas (13,3), com a sexta maior resistência a elas, um gol a cada 12,7. No ataque, o Ceará tem a oitava média de finalizações (13,6) e a 14ª eficiência, um gol a cada 13,6 tentativas. O Fortaleza é a quarta equipe que menos permite finalizações a adversários (11,2), com a 14ª resistência a elas, um gol sofrido a cada 10,2 conclusões contrárias. Há equilíbrio entre gols aéreos e rasteiros.
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*Devido aos arredondamentos, a soma das probabilidades é diferente de 100% — Foto: Espião Estatístico
Favorito >> América-MG
Há potencial para gol aéreo do Santos, que fez assim seis dos últimos dez gols, mesma influência aérea dos gols sofridos pelo América-MG, que marcou sete dos últimos dez gols em jogadas rasteiras, sem contar pênaltis e faltas diretas. O Santos sofreu metade pelo alto e metade por baixo nos últimos dez gols. O América-MG é o décimo mandante (5 V, 2 E, 3 D, 57%), e o Santos, o décimo visitante (2 V, 5 E, 3 D, 37%). O nível de ameaça do América-MG vem crescendo, como mostra a linha preta do gráfico de xG, chegando a um potencial de 1,4 gol por partida. É o oitavo mandante que mais finaliza (15,2), com a sexta menor eficiência, um gol a cada 12,7 tentativas. O Santos tem a segunda maior resistência a pressões, um gol sofrido a cada 18,3 conclusões contrárias, sendo o 12º visitante em finalizações sofridas (14,6). Nessa resistência, o Santos se tornou o segundo contra-ataque mais efetivo do Brasileirão, com seis gols marcados, e o quarto que mais finaliza (44). O América-MG já sofreu sete gols em contragolpes, pior desempenho defensivo. O Santos é o 12º visitante em finalizações (10,8), com a 13ª eficiência (13,5). O América-MG sofre em média 12,0 finalizações (13ª marca), com a 11ª resistência, um gol sofrido por jogo ou a cada 12,0 conclusões contrárias.
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— Foto: Espião Estatístico
Favorito >> Internacional
O Internacional é o time com mais gols a partir de contra-ataques (sete, sendo cinco deles quando mandante), mas o Fluminense até aqui só sofreu um gol assim, segunda melhor marca defensiva. O Internacional é o sexto mandante (5 V, 4 E, 1 D, 63%), e o Fluminense, o segundo melhor visitante (4 V, 4 E, 2 D, 53%). O Internacional é o mandante mais eficaz do Brasileirão, um gol a cada 7,1 tentativas, mas o 13º em produtividade (14,1 finalizações por jogo). O Fluminense é o sétimo visitante em finalizações sofridas (12,9), com a sexta maior resistência, um gol sofrido por jogo ou a cada 12,9 conclusões contrárias. No ataque, o Fluminense tem a segunda maior eficiência ofensiva forasteira, um gol a cada 8,8 tentativas, com a sexta menor produtividade (10,5). O Internacional tem a 13ª resistência mandante, um gol sofrido a cada 10,9 conclusões contrárias, e é o 13º mandante em finalizações (12,0). O Fluminense fez sete dos últimos dez gols em jogadas rasteiras, mesma influência rasteira dos gols sofridos pelo Internacional. A equipe carioca sofreu seis dos últimos dez gols a partir de jogadas aéreas, e a gaúcha fez metade pelo alto e metade por baixo nos últimos dez gols marcados, sem contar pênaltis e faltas diretas.
Metodologia
Favoritismos apresenta o potencial que cada time carrega no Brasileirão 2022 comparando o desempenho nos últimos 60 dias como mandante ou visitante em todas as competições e nos últimos seis jogos, independentemente do mando. Também são consideradas as performances defensiva e ofensiva das equipes no jogo aéreo e no rasteiro. Os cálculos referentes à influência de bolas altas e de troca de passes rasteiros entre gols marcados e sofridos só consideram as características dos gols marcados em jogadas. Gols olímpicos, cobranças de pênaltis e de faltas diretas não contam para determinar a influência aérea ou rasteira por serem cobranças feitas diretamente para o gol.
Apresentamos as probabilidades estatísticas baseadas nos parâmetros do modelo de “Gols Esperados” ou “Expectativa de Gols” (xG), uma métrica consolidada na análise de dados que tem como referência 88.889 finalizações cadastradas pelo Espião Estatístico em 3.629 jogos de Brasileirões desde a edição de 2013. Consideramos a distância e o ângulo da finalização, além de características relacionadas à origem da jogada (por exemplo, se veio de um cruzamento, falta direta ou de uma roubada de bola), a parte do corpo utilizada, se a finalização foi feita de primeira, a diferença de valor mercado das equipes em cada temporada, o tempo de jogo e a diferença no placar no momento de cada finalização.
O desempenho de um jogador é comparado com a média para a posição dele, seja atacante, meia, volante, lateral ou zagueiro, e consideramos o que se esperava da finalização se feita com o “pé bom” (o direito para os destros, o esquerdo para os canhotos) e para o “pé ruim” (o oposto). Foram identificados os ambidestros, que chutam aproximadamente o mesmo número de vezes com cada pé.
De cada cem finalizações da meia-lua, por exemplo, apenas sete viram gol. Então, uma finalização da meia-lua tem expectativa de gol (xG) de cerca de 0,07. Cada posição do campo tem uma expectativa diferente de uma finalização virar gol, que cresce se for um contra-ataque por haver menos adversários para evitar a conclusão da jogada. Cada pontuação é somada ao longo da partida para se chegar ao xG total de uma equipe em cada jogo.
O modelo empregado nas análises segue uma distribuição estatística chamada Poisson Bivariada, que calcula as probabilidades de eventos (no caso, os gols de cada equipe) acontecerem dentro de um certo intervalo de tempo (o jogo). Para chegar às previsões sobre as chances de cada time terminar o campeonato em cada posição foi empregado o método de Monte Carlo, que basicamente se baseia em simulações para gerar resultados. Para cada jogo ainda não disputado, realizamos dez mil simulações.
Favoritismos apresenta também gráficos com a evolução da média móvel em cinco jogos da expectativa de gol (xG) de cada equipe no ataque e o acumulado do que fizeram seus adversários nessas partidas. Para os gráficos, a cada cinco jogos é feita uma média móvel, representada pelas linhas de ataque (preta) e defesa (vermelha, que na verdade é quanto o adversário somou em xG em cada jogo). É uma forma precisa de medir o potencial de cada equipe. A linha amarela mostra a diferença entre as produções dos ataques do time analisado e de seus adversários.
*A equipe do Espião Estatístico é formada por: Guilherme Maniaudet, Guilherme Marçal, João Guerra, Leandro Silva, Leonardo Martins, Roberto Maleson e Valmir Storti. (Espião Estatístico/GE)