Líderes comunitárias, empresariais e de classe manifestaram revolta com a forma como foi retirada a pré-candidatura da médica Natasha Slhessarenko (PSB) da disputa pelo Senado da República por Mato Grosso. A maioria manifesta a certeza de que o PSB agiu de forma sorrateira, para tirá-la do páreo.

Por conta disso, algumas líderes deram início, nas redes sociais, à campanha em defesa do voto nulo, para o Senado da República por Mato Grosso, em 2022.

A líder comuntiária Elizabeth Petronilia Santos bateu pesado. “Fico muito revoltada com o cenário político mato-grossense; machista, que sempre passa a perna nas mulheres que tentam cargos políticos, na [chap] majoritária”, observou ela, em mensagem ao portal de notícias Cuiabano News.

 

Elizabeth Petronilia citou que somente esposas ou familiares de caciques tiveram acesso a mandatos eletivos. Certamente foi uma referência às ex-deputadas Thelma de Oliveira, mulher do saudoso  Dante de Oliveira; Teté Bezerra, atual secretária de Estado de Agricultura e companheira de Carlos Bezerra; Celcita Pinheiro, viúva do senador Jonas Pinheiro; e atual deputada Janaina Riva, filha do ex-deputado José Riva, entre outras.

 

E destilou críticas pesadas contra o presidente regional do PSB, deputado Max Russi.

“Se estas mulheres não forem parentes dos cacique da politica,  nunca terão o direito a pleitear um cargo político, neste estado.O Max Russi do PSB traíra, sem palavra. Se não honrou a palavra dada a doutora Natasha será que honrará as mulheres que depositarem seus votos na urna? Fica a perguntam”, questionou Elizabeth Petronilia.

A líder estudantil Luciana Moreira também criticou duramente a decisão do PSB. “Novamente vemos no cenário político mato-grossense um ato covarde e machista, não só contra a Doutora Natasha Sllesarenko, mas, sim, contra todas as mulheres de Mato Grosso,   que se viam representadas por esta valorosa e guerreira Natasha”, citou Luciana Moreira.

A professora Rosa Maria Morceli, coordenadora de ONGs em Mato Grosso, lamentou que “tenham passado a perna”, na médica Natasha Selhssarenko, por causa de sua boa fé.

“Claramente, Doutora Natasha caiu num mundo em que não há honra nem respeito à mulher. Temos que mudar o cenário e só com muita luta vamos conseguir”, disparou Rosa Morceli.

Comum acordo
Max Russi não atendeu nem retornou às ligações da reportagem do portal de notícias Cuiabano News. Ele informou via assessoria que a decisão foi em comum acordo entre natasha Slhessarenko e o Diretório do PSB, diante da necessidade de “pensar prioritariamente no bem maior para o Partido Socialista Brasileiro”.